Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Milanez, João Gilberto Peixoto
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Orientador(a): |
Campello, Eduardo Francia Carneiro
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Banca de defesa: |
Campello, Eduardo Francia Carneiro
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Olival, Alexandre de Azevedo
,
Moraes, Luiz Fernando Eduardo Duarte de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Agricultura Orgânica
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/18652
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Resumo: |
O rápido crescimento populacional e a crescente demanda por recursos naturais têm exercido uma pressão significativa sobre os agroecossistemas, resultando em impactos ambientais negativos. Embora a Revolução Verde tenha trazido benefícios substanciais para a produção agrícola, ela também contribuiu para mudanças climáticas e problemas relacionados ao uso intensivo de insumos agrícolas. A agricultura convencional, que depende fortemente desses insumos, enfrenta desafios complexos em relação à sustentabilidade ambiental e às mudanças climáticas, gerando a necessidade de buscar abordagens alternativas. Nesse contexto, os Sistemas Agroflorestais (SAF) emergiram como uma estratégia promissora para promover a agricultura sustentável. Esses sistemas combinam árvores perenes, culturas agrícolas, plantas herbáceas e animais de maneira integrada, visando benefícios econômicos e ecológicos. Os SAF otimizam o uso da terra, reduzem a erosão do solo, aumentam a diversificação e a estabilidade da produção, ao mesmo tempo em que promovem a sustentabilidade ambiental. A transferência de conhecimento sobre SAF enfrenta desafios, exigindo a participação ativa dos agricultores e abordagens práticas para garantir o sucesso desses sistemas. A diversidade de tipos de SAF, como aléias e agricultura sintrópica, demonstra a complexidade desses sistemas e a necessidade de adaptar as abordagens de acordo com as características locais e as necessidades dos agricultores. A adoção bem-sucedida dos SAF requer colaboração interdisciplinar entre diferentes áreas de conhecimento. A Educação a Distância (EAD) e a mentoria online emergiram como ferramentas eficazes para disseminar conhecimento. Com uma parcela significativa da educação ocorrendo fora das configurações tradicionais de sala de aula, a EAD oferece flexibilidade aos estudantes e permite a disseminação global do conhecimento. O Programa de Mentoria em Agrofloresta incluiu aulas, reuniões para tirar dúvidas, podcasts e interações por meio de um grupo no WhatsApp. A análise dos resultados revelou diversidade entre os participantes em idade, gênero, profissão, formação e renda. Predominantemente do grupo de 25 a 35 anos, os participantes indicam um crescente interesse da geração jovem na agricultura sustentável. A maioria relatou alta satisfação com as ferramentas de ensino, especialmente as reuniões online e os podcasts. Embora reconheçam as diferenças entre a EAD e a formação presencial, a mentoria online foi capaz de atender às necessidades e expectativas dos participantes, indicando sua viabilidade como alternativa valiosa para promover práticas agrícolas sustentáveis. Os Sistemas Agroflorestais representam uma solução promissora para os desafios atuais da agricultura e do meio ambiente. Os participantes compreendem que a mentoria contribui para o entendimento teórico, mas a prática só pode ser verdadeiramente compreendida através da prática real, a qual é inerente a uma formação presencial. Ainda assim a EAD e a mentoria online emergem como formas eficazes de educar sobre essas práticas, permitindo a disseminação do conhecimento de forma ampla e global. O Programa de Mentoria em Agrofloresta ilustra como essa abordagem pode ser bem- sucedida ao motivar a adoção de práticas sustentáveis e engajar uma diversidade de participantes. |