Soropositividade para Brucella canis: sinais clínicos e fatores associados á infecção em cães atendidos em um centro de diagnósticos por imagem da cidade do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Castro, Ana Cristina Nery de lattes
Orientador(a): Pereira, Maria Julia Salim lattes
Banca de defesa: Rocha, Christiane Maria Barcelos Magalhães da, Ferreira, Teresinha, Pires, Isabella de Moura Folhadella, Jacob, Júlio César Ferraz
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9714
Resumo: Os objetivos deste estudo foram analisar os sinais clínicos e os fatores associados à soropositividade para Brucella canis, em cães atendidos num centro de diagnóstico veterinário do Rio de Janeiro. Amostras de soro foram coletadas de 841 de cães, admitidos no centro de diagnóstico, cujos proprietários permitiram a participação no estudo. As amostras foram analisadas pelo exame de Imunodifusão em Gel de Agar. Os cães foram examinados clinicamente e uma entrevista foi realizada com seus proprietários para obtenção de dados sobre os animais e sua criação. Os testes do 2 ou exato de Fisher, quando necessário, foram empregados para mensurar as associações entre as variáveis explicativas e a presença de infecção. Todas as variáveis com p 0,20 à análise bivariada foram incluídas na análise multivariável de regressão logística. O método backward elimination foi utilizado para selecionar as variáveis para a modelagem estatística. O nível de significância para manter uma variável no modelo final foi estabelecido em 5%. Foram reagentes 17 (2,0%) amostras. As variáveis, cães com acesso à rua (p=0,03), infestação por ectoparasitas (p=0,03) e carrapatos (p=0,005), atividade reprodutiva (p=0,00001), contato com animais com distúrbios reprodutivos (p=0,0009), luz solar (p=0,09), gênero dos proprietários (p=0,16) e alojamento (p=0,12) foram selecionadas para a modelagem. No modelo final, as variáveis infestação por carrapatos (OR= 5,47, IC 1,67-17,86), atividade reprodutiva (OR= 9,40, IC 2,88-30,65), contato com animais com problemas reprodutivos (OR= 7,90, IC 2,18-28,64) e presença de luz solar na residência (OR= 0,21, IC 0,06-0,64) se mantiveram estatisticamente associadas à soropositividade para B. canis, após o controle das variáveis de confundimento. Os sinais clínicos associados à infecção foram o abortamento, dermatite escrotal, alterações nos olhos e ocorrência de nódulos. Os resultados desta pesquisa indicam que a brucelose canina em populações semelhantes à estudada é uma doença rara e associada às variáveis relativas ao manejo dos animais, reforçando a necessidade de um bom manejo sanitário e reprodutivo para a prevenção e controle. A detecção de sinais clínicos associados com a soropositividade para B.canis ressalta a importância, de uma boa anamnese do cão, bem como um exame clínico minucioso quando atendidos em clínicas.