Avaliação de vias metabólicas e composição lipídica do corpo gorduroso de Rhipicephalus microplus infectados por diferentes isolados d de Metarhizium anisopliae sensu lato

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Sá, Fillipe Araujo de lattes
Orientador(a): Bittencourt, Vânia Rita Elias Pinheiro
Banca de defesa: Bittencourt, Vânia Rita Elias Pinheiro, Ramos, Isabela Barbosa de, Salles, Cristiane Martins Cardoso de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
ERK
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11977
Resumo: O fungo Metarhizium anisopliae sensu lato (s.l.) apresenta-se como um enorme potencial para o controle da população de carrapatos. Apesar da grande importância do corpo gorduroso no metabolismo dos artrópodes, os estudos do papel desse tecido como uma fonte de controle potencial das infestações de carrapatos são escassos. Esse trabalho avaliou a composição lipídica e a ativação das enzimas ERK e AMPK em corpo gorduroso de Rhipicephalus microplus após a infecção por diferentes isolados do fungo M. anisopliae s.l.. Os isolados utilizados no estudo foram CG 32, CG 112, CG 148, CG 347 e CG 629 e foram inoculados sob a forma de conídios viáveis ou inviáveis. Grupos contendo 10 fêmeas ingurgitadas foram dissecados e seus corpos gordurosos foram coletados 24 e 48 horas após a infecção. Os tecidos foram homogeneizados, congelados, sonicados e centrifugados para a extração de proteínas. A composição lipídica foi avaliada pela técnica de cromatografia em camada delgada. As alterações em enzimas chaves de importantes vias metabólicas foram detectadas através da técnica de Western Blotting utilizando anticorpos contra resíduos protéicos fosforilados em tirosina, em serina e contra as enzimas AMPK e ERK fosforiladas e tubulina como controle de carregamento. O estudo demonstrou um aumento nos níveis de triacilglicerol 24 e 48 horas e de ácido graxo após 48 horas após a inoculação de fungos viáveis na hemocele do carrapato. A detecção da forma ativa de ERK foi evidenciada apenas com a inoculação do fungo inativado na hemocele, demonstrando que a ativação dessa via por parte do carrapato. Já para detecção de AMPK fosforilada, apenas o isolado CG 112 foi capaz de aumentar a ativação dessa enzima estando viável ou não, enquanto os isolados CG32 e CG 629 foram capazes de manipular positivamente essa via ao serem inoculados na forma inativada no carrapato. Esse estudo demonstra, pela primeira vez, alterações em importantes vias metabólicas em carrapatos infectados por um fungo entomopatogênico. No entanto, mais estudos são necessários para elucidar essa interação entre patógeno e hospedeiro.