Cestóides importantes na industrialização e comercialização da corvina, Micropogonias furnieri (Desmarest), no litoral do Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1982
Autor(a) principal: São Clemente, Sérgio Carmona de lattes
Orientador(a): Amato, José Felipe Ribeiro lattes
Banca de defesa: Amato, Jose Felipe Ribeiro
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11754
Resumo: O estudo dos parasitos e parasitoses de peixes tem recebido atenção muito grande em praticamente todos os continentes. Estes parasitos adquirem importância quando os peixes são utilizados pelo homem, quer através da aqüicultura, quer através de industrialização ou da simples comercialização. Assim sendo os cestóides da ordem Trypanorhyncha tornaram-se objeto muito apropriado para estudos em peixes marinhos. Mil necropsias foram realizadas de corvina, Micropogonias furnieri (Desmarest), pescadas no litoral do Estado do Rio de Janeiro, de maio a dezembro de 1980, por pescadores profissionais e desembarcadas no Entreposto de Pesca da Cibrazem, da cidade do Rio de Janeiro, RJ, onde foram coletadas. A prevalência total de peixes parasitados por cestóides da ordem Trypanorhyncha foi de 38%. Os peixes de maior comprimento se encontravam mais parasitados. O total de larvas recuperadas e a prevalência por espécie foram de: Pterobothrium heteracanthum (Diesing, 1850) (784), prevalência de 27,9%; 57 Pterobothrium sp. (176), prevalência de 11,0%; Callitetrarhynchus gracilis (Rudolphi, 1819) (133), prevalência de 7,5%; Poecilancistrium caryophyllum (Diesing, 1850) (12), prevalência de 0,9%; e larva plerocercóide de Trypanorhyncha (23), prevalência de 2,0%. A prevalência e a intensidade média de infecção foram consideradas nas diversas classes de tamanho. Pterobothrium heteracanthum teve uma prevalência médía máxima de 26%, e uma intensidade média máxima de 8,2 parasitos/peixe na classe de 39 - 41 cm; Pterobothrium sp. teve uma prevalência máxima de 23% e uma intensidade média máxima de 2,3 parasitos/peixe na classe de 36 - 38 cm; C. gracilis, teve uma prevalência máxima de 20% na classe de 36 - 38 cm e uma intensidade média máxima de 2,3 parasitos/peixe na classe de 39 - 41 cm; P. caryophyllum não ocorreu em todas as classes de tamanho, porém, apresentou uma prevalência de 55% e uma intensidade média máxima de 1,3 parasitos/peixe nos poucos peixes em que ocorreu na classe de 45 - 47 cm; o plerocercóide também não ocorreu em todas as classes de tamanho; porém, teve uma prevalência de 31% e uma intensidade média máxima de 1,1 parasito/peixe, em peixes da classe de 31 - 33 cm de comprimento. Para melhor visualização dos parasitos que se encontravam no interior da massa muscular (P. caryophyllum) foi utilizado um negatoscópio, que permitiu a localização dos helmintos no produto infectado e a comprovação de sua utilidade na detecção de parasitos intramusculares