Méis do sudeste brasileiro: avaliação de parâmetros físico-químicos e classificação através de CLAE, RMN e análise multivariada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Lira, Aline Figueira lattes
Orientador(a): Castro, Rosane Nora
Banca de defesa: Martins, Roberto Carlos Campos, Valverde, Alessandra Leda, Barbosa, Maria Ivone Martins Jacintho, Chaves, Douglas Siqueira de Almeida
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
Departamento: Instituto de Ciências Exatas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Mel
ABA
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10166
Resumo: O mel tem sido apreciado como um alimento e medicamento valiosos desde os tempos antigos. As suas propriedades medicinais e nutritivas têm sido objeto de interesse crescente e de muitos estudos científicos nas últimas décadas. Assim, o objetivo deste trabalho foi realizar a caracterização química de quarenta e cinco amostras de méis brasileiro de Apis mellifera, considerando os parâmetros físico-químicos, as substânciasbioativas e atividade antioxidante. Além disso, a cromatografia líquida de alta eficiência e a ressonância magnética nuclear de hidrogênio associados à quimiometria foram utilizados como métodos analíticos alternativos para classificação dos méis. Nesse trabalho foram estudados doze amostras de mel de eucalipto, nove de morrão de candeia, nove de assa-peixe, nove de laranjeira e seis de silvestres do sudeste do Brasil. Os parâmetros físico-químicos avaliados foram: teor de HMF e a cor utilizando método espectrofotométrico, acidez livre e pH. A capacidade antioxidante dos méis e de seus extratos foi avaliada através do conteúdo de fenólicos total pelo método de Folin-Denis, e de flavonoides total pelo método de complexação com cloreto de alumínio. A atividade antioxidante dos extratos foi realizada pela captura do radical 2,2-difenil-1-picril-hidrazil (DPPH), captura do radical livre ABTS.+, além do método de redução do íon férrico (FRAP), enquanto a atividade antiradicalar do mel foi realizado apenas pelo método com DPPH. Os méis foram classificados inicialmente através da melissopalinologia. O perfil químico dos extratos em acetato de etila foi analisado por RMN de 1H, e a identificação e quantificação das substâncias polifenólicas desses extratos foi feita por cromatografia líquida de alta eficiência com detector de arranjo de diodos (CLAE-DAD). Através da análise por CLAE-DAD foi possível confirmar o flavonoide hesperidina como biomarcador do mel de laranjeira, e os ácidos vanilico e protocatecuico como os marcadores químicos do meu de eucalipto. O uso das técnicas de RMN de 1H e CLAE-DAD associados as análises multivariadas (PCA e HCA) possibilitou distinguir os méis de eucalipto, morrão de candeia, assa-peixe, laranjeira, e silvestre produzidos pela abelha Apis mellifera. Assim, essas técnicas combinadas com a quimiometria podem servir como uma ferramenta alternativa para auxiliar na classificação da origem floral, visto que, a melissopalinologia apresenta limitações para análise de polens como aqueles de Croton, Citrus e Vernonia que são sub-representados no espectro polínico do mel.