Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Marques, Graziele Marcela Balieiro
|
Orientador(a): |
Magalhães, Felipe Santos |
Banca de defesa: |
Magalhães, Felipe Santos,
Campos, Pedro Henrique Pedreira,
Kushnir, Beatriz |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História
|
Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Palavras-chave em Inglês: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13897
|
Resumo: |
Este trabalho tem por objetivo compreender como se deu a relação das gravadoras com a ditadura militar, sendo a censura um importante elemento para isso. Foi necessário buscar entender como a indústria fonográfica brasileira estava se organizando nos anos de 1966 a 1978 e estudar sobre as táticas utilizadas pelas gravadoras na venda de compactos simples, compacto duplo e LP. Optei por não seguir a dicotomia de que a indústria fonográfica se consolidou em favorecimento da música nacional ou da música internacional. Penso que o interesse era vender música prensada, não importa se era música nacional ou estrangeira, mas sim tornar rentável o produto que viesse a ser lançado no mercado. Presumo não ser possível unificar o consumo do mercado durante a ditadura militar, diante dos dados obtidos nas listas de pesquisas de mercado do IBOPE. Também vale lembrar que se tratava de um mercado fonográfico que vivia tempos de censura e outras repressões políticas. Por essa razão, busquei falar como as gravadoras estavam se articulando com a ditadura militar, para ter seus discos autorizados pela Censura. Os artistas também estão presentes nessas discussões, quando esses de algum modo negociam com os censores e recorrem a autocensura para continuarem produzindo. Viu-se o Estado na postura contraditória de controlar o que vinha sendo produzido no cenário cultural, adotando o papel de tutelador da infraestrutura necessária para a instalação de indústrias de cultura. Incluindo as empresas da indústria da música e o crédito gerado a partir da isenção fiscal, que de certa forma permitiu o financiamento da música brasileira através da chamada Lei Disco é Cultura. Também foi discutido a respeito da preocupação da Censura em não causar prejuízos econômicos para determinadas gravadoras e seus artistas. Mas que a mesma complacência não se viu, no tratamento de artistas que tinham uma imagem vinculada a opositor da política vigente. Isso também refletiu não apenas na censura de capas de discos, onde abordei a imagem estampada nos LPs, como mais um elemento catalisador de público e lucro para as gravadoras. |