Flemingia na alimentação de cabras em lactação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Carvalho, Isabel das Neves Oiticica de lattes
Orientador(a): Fonseca, Carlos Elysio Moreira da
Banca de defesa: Fonseca, Carlos Elysio Moreira da, Rocha, Fernanda Cipriano, Ribeiro, Marcela Silva, Modesto, Elisa Cristina, Macedo, Robert de Oliveira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10272
Resumo: O trabalho foi realizado para avaliação da inclusão de níveis de Flemingia macrophylla na alimentação de cabras em lactação. Foram utilizadas cinco cabras mestiças, dispostas em Quadrado Latino 5x5. Os animais foram mantidos em baias individuais com aparato para coleta total de fezes. Cada período experimental teve a duração de 11 dias, sendo sete para adaptação à dieta e quatro para coleta de amostras e dados. As dietas foram compostas por 40% de concentrado e 60% de feno, sendo os tratamentos diferenciados pelos níveis de inclusão (0%, 8%, 16%, 24% e 32% na matéria seca) do feno de leguminosa na dieta. As dietas foram elaboradas para serem isoproteicas, com 14,5% de proteína bruta. Foram avaliados o teor de tanino, a presença de saponina e a relação colmo:folha da Flemingia macrophylla; o fracionamento dos carboidratos; o consumo da dieta, a digestibilidade dos nutrientes, o nitrogênio amoniacal e o pH ruminal; o comportamento ingestivo dos animais; a produção e a composição do leite e os parâmetros hematológicos das cabras. Os resultados foram submetidos à análise de variância e regressão, a 5% de probabilidade. O teor de tanino (0,88%) encontrado na Flemingia foi considerado baixo, foi determinada a presença de saponinas na leguminosa e a relação colmo:folha considerada alta. Os valores de consumo não foram alterados pela inclusão da leguminosa na dieta, com exceção dos consumos de extrato etéreo e de lignina. Para a digestibilidade da matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, fibra em detergente neutro e carboidratos totais foram verificados efeitos lineares decrescentes com a inclusão de Flemingia na dieta. A digestibilidade do extrato etéreo apresentou comportamento linear crescente com os níveis de leguminosa na dieta. O pH ruminal foi influenciado de forma linear crescente pelos teores de Flemingia na dieta. Os valores de nitrogênio amoniacal, produção e composição do leite e parâmetros hematológicos também não foram modificados pela dieta. Não foram encontradas diferenças significativas para o comportamento ingestivo dos animais e para as eficiências de alimentação e ruminação. A Flemingia macrophylla pode ser utilizada até o nível de 32% na matéria seca, pois mesmo diminuindo a digestibilidade dos nutrientes, elevou os valores de pH e não prejudicou a produção e a composição do leite de cabras mestiças.