Propriedades tecnológicas e qualidade de adesão de madeiras de Corymbia citriodora e Eucalyptus pellita termorretificadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Nunes, Cintia Silva lattes
Orientador(a): Garcia, Rosilei Aparecida lattes
Banca de defesa: Vidaurre, Graziela Baptista, Carvalho, Alexandre Monteiro de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais e Florestais
Departamento: Instituto de Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11285
Resumo: O tratamento de termorretificação proporciona à madeira características desejáveis tais como maior estabilidade dimensional, maior durabilidade natural e, em alguns casos, alteração da cor original. Entretanto, o tratamento também pode alterar drasticamente as características físicas e químicas das superfícies da madeira, as quais afetam a qualidade de adesão e a aplicação de revestimentos. Neste contexto, os objetivos deste estudo foram: (1) avaliar o efeito dos tratamentos nas propriedades físicas (densidade, teor de umidade de equilíbrio e perda de massa) da madeira de Corymbia citriodora (Hook.) K.D. Hill & L.A.S. Johnson e Eucalyptus pellita F. Muell.; (2) determinar o efeito dos tratamentos termorretificadores na alteração da cor da madeira de ambas as espécies; (3) avaliar o efeito dos tratamentos na qualidade de adesão de juntas coladas através de testes de resistência ao cisalhamento; e (4) avaliar o efeito das alterações físicas e químicas causadas pela termorretificação nas características de adesão. A termorretificação foi realizada em um forno mufla elétrico laboratorial a 180 e 200ºC. As medições de cor foram realizadas no espaço CIE-L*a*b* com o auxílio do espectrofotômetro portátil CM-2600d. Os ensaios de cisalhamento das juntas de madeira colada e das madeiras sólidas foram realizados segundo as normas ASTM D 905 e ASTM D 143, respectivamente. Foram utilizados três tipos de adesivos: resorcinol, resorcinol-tanino 80:20 e resorcinol-tanino 60:40. A densidade aparente e o teor de umidade de equilíbrio das madeiras de ambas as espécies foram reduzidos pela termorretificação. Ambas as madeiras apresentaram perda de massa, sendo esta crescente com o aumento da temperatura e mais acentuada para a madeira de Eucalyptus pellita. A cor original das madeiras foi alterada pelo tratamento, principalmente para o Eucalyptus pellita. A resistência ao cisalhamento da madeira sólida e das juntas coladas de ambas as espécies foi severamente afetada pelos tratamentos termorretificadores. O adesivo resorcinol-tanino 80:20 apresentou o melhor desempenho para as madeiras não termorretificadas de ambas as espécies; entretanto, após a termorretificação, o tipo de adesivo não afetou a resistência ao cisalhamento. As juntas coladas das amostras de madeiras termorretificadas apresentaram uma alta porcentagem de falhas na madeira devido à maior porosidade e maior penetração do adesivo. A acidez das amostras da madeira termorretificada afetou a resistência ao cisalhamento e apresentou uma forte correlação com o teor de umidade de equilíbrio devido à degradação das hemiceluloses. Os tratamentos termorretificadores a 180 e 200ºC são extremamente severos para as madeiras de Corymbia citriodora e Eucalyptus pellita