Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Lopes, Thatiana da Paz Ribeiro
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Orientador(a): |
Silva, Pedro Paulo de Oliveira |
Banca de defesa: |
Silva, Pedro Paulo de Oliveira,
Oliveira, Gesilene Mendonça de,
Neves, Tatiana Pires Teixeira,
Neves, Maria Helena Baeta,
Piedras, Fernanda Reinhardt |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Instituto de Tecnologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9258
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Resumo: |
Os dinoflagelados fazem parte do fitoplâncton marinho, são formados por organismos fotossintetizantes (autotróficos, heterotróficos ou mixotróficos), produtores de oxigênio tanto para a biota marinha quanto terrestre. Estes organismos são a principal fonte de alimento para microcrustáceos, camarões, moluscos bivalves (ostras, mexilhões), peixes pelágicos entre outros organismos filtradores. Desta forma exercendo grande influência positiva na pesca. Apesar da correlação positiva entre o fitoplâncton e o pescado, o fitoplâncton pode causar grandes prejuízos à indústria pesqueira quando ocorrem florações de algas nocivas (FANs). A floração é um aumento exagerado do número de células do fitoplâncton marinho. As possíveis causas das FANs são: eutrofização; mudanças nas condições ambientais; desmatamento demanguezais; bioinvasão por mudanças nas correntes marinhas superficiais ou por introdução antrópica (água de lastro e maricultura). As consequências das FANs podem ser gravíssimas como, por exemplo: efeitos deletérios na biota (depleção de oxigênio e produção de ictiotoxinas); prejuízos nas atividades extrativas e de cultivo; prejuízos nas atividades de recreação; nas atividades de turismo (perigo de contaminação química); na qualidade de águas e principalmente na saúde pública pela produção de ficotoxinas, causando os envenenamentos. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar a ocorrência de dinoflagelados potencialmente nocivos na Lagoa de Araruama, RJ - Brasil, durante o período de um ano. Entre setembro de 2011 e agosto 2012 foram realizadas coletas mensais em dois pontos da lagoa, por meio de arrasto vertical de rede de plâcton com 20 µm de malha. As amostras foram fixadas com formol neutralizado 4% e posteriormente identificadas por meio de microscopia invertida de campo claro. Foram verificados dados ambientais de temperatura, salinidade, profundidade. Identificou-se 44 morfotipos de dinoflagelados, distribuídos em 10 gêneros. Destes 44 morfotipos 13 pertencem ao grupo dos dinoflagelados potencialmente nocivos: Dinophysis cf. acuminata, Dinophysis cf. fortii, Dinophysis cf. tripos, Gonyaulax cf. polyedra, Gonyaulax cf. spinifera, Heterocapsa cf. niei, Prorocentrum cf. balticum, Prorocentrum cf. concavum, Prorocentrum cf. emarginatum, Prorocentrum cf. lima, Prorocentrum cf. mexicanum, Prorocentrum cf. micans, Scripsiella cf. trochoidea. A salinidade média em P1 foi de 37,61 e em P2 foi de 49,11. A temperatura média variou de 23,12 ºC em P1 a 24,86 ºC em P2. A profundidade média em P1 foi de 1,93 m e de 2,81 m em P2. As espécies mais frequentes e também mais abundantes foram: Prorocentrum mexicanum em P1 e Heteroacapsa niei em P2. As maiores riquezas foram atribuídas aos gêneros: Prorocentrum e Dinophysis em ambos os pontos de coleta. Houve diferença significativa para a distribuição espacial das espécies potencialmente nocicas, mas não houve diferença significativa para a distribuição sazonal entre os pontos de coleta. A salinidade e a profundidade foram os principais fatores abióticos correlacionados aos grupos taxômicos identificados na Lagoa de Araruama. |