Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Figueira, Monique Amaral
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Orientador(a): |
Silva, Luna Rodrigues Freitas
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Banca de defesa: |
Silva, Luna Rodrigues Freitas
,
Uhr, Deborah
,
Dias, Rafael Mendonça
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia
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Departamento: |
Instituto de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14421
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Resumo: |
Este trabalho buscou pesquisar, através da perspectiva dos profissionais, o modo como os medicamentos são prescritos e utilizados nos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPS ad), tendo em vista os processos de medicalização e a política de Redução de Danos (RD). Em contrapartida ao paradigma proibicionista, que visa eliminar as drogas da sociedade, os CAPS ad propõem práticas de cuidado integrais, pautadas na estratégia de RD, considerando as particularidades de cada indivíduo. Essa proposta vem sendo desafiada por transformações recentes nas políticas de drogas e pela tendência excessiva de medicalização dos usuários. Com o objetivo de investigar tal cenário, realizamos uma pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, cujos dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, aplicadas a profissionais de dois serviços. As entrevistas tiveram o intuito de compreender o modo como os medicamentos são prescritos, utilizados e quais funções operam no acompanhamento dos usuários, bem como de identificar, através do discurso das profissionais, quais as principais práticas de cuidado ofertadas e a percepção sobre a RD. Como resultado, identificamos a prescrição de medicamentos realizada de forma unilateral pela psiquiatria, sem considerar as demais trabalhadoras, assim como os próprios usuários; a atribuição de uma incurabilidade aos usuários, que pouco contribuem para a construção dos projetos terapêuticos, sendo excluídos desse processo; e a falta de compreensão do conceito e da proposta de RD, uma vez que percebemos dificuldades no entendimento teórico e na aplicação prática dessa estratégia. Inferimos que o modo como os medicamentos são prescritos nos serviços investigados apontam para a fragmentação do cuidado, visto que a medicação é pensada apenas por uma profissional, desconsiderando demais saberes e fazeres, e para a persistência da lógica da abstinência, distanciando-os das referências da RD e da atenção psicossocial. |