Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Sérgio Nogueira
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Orientador(a): |
Peracchi, Adriano Lucio
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Banca de defesa: |
Dias, Daniela,
Cassino, Paulo Cesar Rodrigues |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biologia Animal
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10876
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Resumo: |
Os morcegos são conhecidos por sua importância na dispersão de sementes, como polinizadores e como controladores de insetos, porém existem grandes lacunas no conhecimento, muitos aspectos da biologia dos quirópteros, a exemplo, dos padrões reprodutivos que ainda são desconhecidos ou pouco estudados para a maior parte das espécies. Além disso, muitas regiões dentro do estado Rio de Janeiro, estão subamostradas ou não foram estudadas. Uma dessas regiões é o Centro-Sul Fluminense, escolhido como local de estudo. Os objetivos desse trabalho foram avaliar a riqueza de espécies e a abundância de quirópteros, analisar a estrutura da comunidade, bem como fornecer informações sobre aspectos reprodutivos relacionados com as variações sazonais. O estudo foi realizado na localidade de Morro Azul, município de Engenheiro Paulo de Frontin, estado do Rio de Janeiro, sudeste do Brasil (22° 29’ 41.62’’ S e 43° 34’ 02.89’’ W) entre setembro de 2007 e abril de 2012. Foram realizadas 35 noites de coleta (89.700 m2.h/rede), distribuídas em quatro áreas que apresentavam estágios de sucessão ecológica diferentes. As redes foram armadas ao nível do solo, próximos a vegetais em floração ou frutificação, construções e cavidades naturais, sobre córregos e corpos d’água. Foram capturados um total de 878 indivíduos distribuídos em 26 espécies de morcegos, pertencentes a três famílias, Phyllostomidae (17), Vespertilionidae (sete) e Molossidae (duas). Destacam-se as espécies Platyrrhinus recifinus e Chiroderma doriae, tidas como vulneráveis no estado do Rio de Janeiro, além de Carollia perspicillata por ser a espécie mais freqüente (48,7%). De acordo com os estimadores (Jackknife 1), podemos esperar a adição de mais quatro espécies de morcegos na área estudada, sugerindo que o levantamento está 86,6% completo. A diversidade obtida na área (H’=1,92) é semelhante a outras áreas preservadas no estado do Rio de Janeiro, sendo possível verificar diferença significativa entre as áreas de estágio sucessional inicial com as áreas em estágios mais avançados (t = 2,82, p = 0,005 e t = 2,20, p = 0,02). Os dados de abundância indicam uma uniformidade entre as quatro áreas (H = 3,89, g.l.= 3, p = 0,27). O período reprodutivo para todas as espécies em conjunto, foi mais abundante na estação chuvosa, com diferença significativa da estação seca (U = 46, p= 0,004). Os resultados mostram a importância de inventariamentos em sítios com diferentes fitofisionomias, pois podem abrigar diferentes espécies tornando os levantamentos mais eficientes. |