Investigação das crenças de estudantes sobre a educação em sexualidade no ensino integrado do IFMG-SJE

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Érika Euzébio lattes
Orientador(a): Peixoto, Ana Cláudia de Azevedo lattes
Banca de defesa: Peixoto, Ana Cláudia de Azevedo lattes, Benevenuto, Monica Aparecida Del Rio, Silva, José Carlos Tavares da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12642
Resumo: A educação em sexualidade objetiva desenvolver uma visão segura e positiva da sexualidade de jovens e crianças para apoiar a tomada de decisão desse público. O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais Campus São João Evangelista possui em torno de 612 adolescentes com faixa etária de 14 a 21 anos, fase essa do desenvolvimento humano que pode gerar vulnerabilidades por mudanças físicas, psicológicas e/ou sociais. Por causa dessa peculiaridade da adolescência, o objetivo desse estudo foi o de investigar as crenças dos estudantes das terceiras séries dos cursos técnicos integrados do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais Campus São João Evangelista em relação à Educação em Sexualidade que receberam durante o tempo de formação nessa instituição. Esse trabalho pautou-se na contribuição teórica de autores como: Altman (2007,2013), Figueiró (2006,2014), Furlani (2008,2011) entre outros. Para a pesquisa, realizaram-se dois estudos: o Estudo I e o Estudo II. O método de pesquisa utilizado para os dois estudos foi o qualitativo. O Estudo I tratou de uma Revisão Integrativa da literatura, e o Estudo II descreveu as crenças dos estudantes das terceiras séries dos cursos técnicos integrado sobre a educação em sexualidade no ensino integrado do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais Campus São João Evangelista. O resultado do Estudo I apresentou que os adolescentes compreendem a sexualidade limitada às práticas sexuais e apresentam pouco conhecimento sobre os assuntos abordados. Identificou-se a prevalência da abordagem biológico-higienista nas intervenções, sendo que os assuntos predominantes nas publicações foram os relacionados às IST/AIDS/HIV, gravidez na adolescência e métodos contraceptivos. Os dados do Estudo I apontaram a necessidade de investir na formação dos docentes e profissionais da saúde para trabalhar a sexualidade de forma abrangente. Vários projetos de extensão vêm sendo realizados em escolas públicas sobre sexualidade, demonstrando uma parceria entre o Ensino de Graduação e Fundamental. Para a coleta de dados do Estudo II, utilizou-se o método de roda de conversa. Participaram das rodas de conversa 30 estudantes, sendo que, o máximo de participantes nas rodas de conversas foi de 9 e o mínimo de participantes foi 3 ; o tempo de duração foi o mínimo de 1 h e máximo de 1h e 22 min. Para análise do Estudo II, utilizou-se a pesquisa narrativa temática. Sobre os temas discutidos com os estudantes do Estudo II, eles apresentaram crenças que estão de acordo com publicações em relação ao assunto e que as discussões na instituição sobre Educação em sexualidade acontecem com pouca frequência, portanto procuram informações sobre o assunto com os colegas e outras fontes. Foi identificada a prevalência da abordagem biológico-higienista na instituição, assim como em outras escolas públicas brasileiras. Portanto considera-se necessária a formação dos profissionais da instituição para trabalhar educação em sexualidade com os estudantes. Sugere-se que aconteçam discussões sobre esse assunto nessa instituição e em outras instituições de ensino para uma compreensão biopsicossocial da sexualidade e mudança de atitude dos adolescentes e profissionais das instituições, para que possamos construir uma educação cidadã, transformadora e respeitosa.