Uso de congelamento e extratos vegetais no tratamento de sementes orgânicas de feijão-vagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Brito, Renata lattes
Orientador(a): Lopes, Higino Marcos lattes
Banca de defesa: Carmo, Margarida Goréte Ferreira do, Fernandes, Maria do Carmo de Araújo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13677
Resumo: A agricultura orgânica vem tomando dimensões cada vez maiores, ocupando lugar de destaque no mercado mundial. Um dos enfoques da agricultura orgânica é o controle alternativo de pragas e doenças de plantas e a utilização de insumos produzidos sob os preceitos da sustentabilidade. Neste contexto, enquadra-se a produção de sementes orgânicas, que assume um papel de importância. Buscando avaliar a qualidade fisiológica e sanitária de sementes de feijão vagem produzidas sob o cultivo orgânico e submetidas a tratamentos alternativos, bem como o seus efeitos durante o período de armazenamento, foram conduzidos dois experimentos. As sementes utilizadas foram oriundas de dois lotes de feijão vagem, cultivar Alessa, produzidos sob manejo orgânico na estação experimental da PESAGRO-RIO, em Avelar, Paty do Alferes-RJ (Região Médio Serrana). Antes da realização dos experimentos, os dois lotes de sementes de feijão vagem foram caracterizados quanto à qualidade fisiológica e sanitária. No primeiro experimento, as sementes dos dois lotes, com teores de água de 9 e 12% foram acondicionadas em garrafas PET (politereftalato de etileno) e submetidas ao congelamento no freezer à uma temperatura de -18° C por 24 e 48 horas. A qualidade fisiológica foi avaliada por meio dos testes de germinação, vigor (primeira contagem, condutividade elétrica e comprimento de plântulas) e a sanidade foi verificada através do Blotter test e do exame de sementes infestadas. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições em esquema fatorial 2x2x2 (dois lotes x dois teores de água x dois períodos de exposição à temperatura de -18°C). No segundo experimento avaliou-se a eficiência de extratos vegetais em pó, congelamento a -18°C por 24 horas e o produto químico Captan na qualidade fisiológica e sanitária das sementes durante cinco meses de armazenamento. As sementes foram acondicionadas em garrafas PET e armazenadas em refrigerador (10°C). Os testes foram feitos a cada trinta dias. As avaliações fisiológicas e sanitárias foram realizadas conforme descrito no primeiro experimento. Utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com quatro repetições em esquema fatorial (7 tratamentos x 5 períodos de armazenamento). Os dados foram submetidos à análise de variância pelo teste F e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de probabilidade de 5 %. Os efeitos do período de armazenamento foram analisados por meio de regressão. O experimento I indicou que o lote 1 apresentou qualidade fisiológica superior ao lote 2. Sementes com teores de água9 e 12 % podem ser submetidas ao congelamento por – 18°C sem redução da qualidade fisiológica quando o tempo de exposição utilizado foi de 24 horas. No experimento II, os resultados indicaram que houve redução na qualidade fisiológica das sementes ao longo do armazenamento. O extrato de alho e pimenta do reino foram os mais eficazes na manutenção da qualidade fisiológica. A mistura dos extratos apesar da redução da qualidade fisiológica mostrou-se eficiente no controle da infestação de insetos. E o extrato de alho reduziu a incidência de fungos nas sementes.