Educação sistematizada com mulheres trans e travestis no sistema penitenciário do estado do Rio de Janeiro: formação humana e processo de exclusão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Domingos, Kylderi Lima dos Santos lattes
Orientador(a): Pinto, Gisela Maria da Fonseca lattes
Banca de defesa: Pinto, Gisela Maria da Fonseca lattes, Uziel, Anna Paula lattes, Silva, Nadja Pattresi de Souza e lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática
Departamento: Instituto de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20116
Resumo: Este estudo tem como foco analisar as imagens construídas por alunas trans e travestis sobre a educação prisional a partir de seus relatos orais e está organizado em três partes. Iniciamos por apresentar os conceitos que explicam e sustentam a base teórica adotada neste texto, a qual articula a contemporaneidade, a diferença e as (Trans)sexualidades; tudo isso sendo costurado pelo conceito de diálogo. Objetivamos, assim, analisar a situação educacional de mulheres Trans e travestis em situação de reclusão a partir das perspectivas das próprias, de forma a legitimar as identidades de gênero, sexualidade, os direitos humanos, e respeito ao lugar de fala, considerando, como sujeitos da pesquisa, mulheres trans e travestis privadas de liberdade no Instituto Penal Plácido de Sá Carvalho, em Gericinó - Rio de Janeiro-RJ e Homens cis que tiveram alguma relação com estas mulheres, seja conjugal ou não no Presídio Elizabeth Sá Rego, Bangu V, alunos do Colégio Estadual Padre Bruno Trombetta. Na segunda parte, voltamos nossa atenção ao surgimento da educação prisional, ressaltando que esta se volta à pluralidade e à diferença, rechaçando posturas proselitistas de quaisquer naturezas. Apresentamos, à luz da legislação brasileira, a proposta curricular de uma educação formal sistematizada a grupos reclusos, sub-humanizados, pluralizados e não oportunizados à perspectiva pós- crítica de educação. Em terceiro momento, explicamos a metodologia utilizada na condução das entrevistas em que realizamos a tematização e o processo de análise de dados a partir dos relatos orais das participantes, o que propiciou a formulação de argumentos explicativos, dando prosseguimento à proposta de produto didático em formato de podcast narrativo disponibilizado no Spotify com um manual interativo, elaborado a partir das vozes silenciadas das mulheres trans e travestis em reclusão partícipes desta pesquisa com o objetivo de colaborar com uma formação mais humanizada e preparar os professores e alunos para as mais variadas demandas sociais que nos são apresentadas em diferentes espaços educativos. Como considerações finais da pesquisa, identificaram-se novas demandas para a formação e atuação profissional introduzidas pela necessidade de formação continuada.