Caracterização morfológica, aspectos biológicos e patogenia das formas evolutivas de Babesia bovis (Babes, 1888) e Babesia bigemina (Smith & Kilborne,1893) (Protozoa: babesiidae) em Boophilus microplus (Canestrini, 1887)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1988
Autor(a) principal: Barreira, Jairo Dias lattes
Orientador(a): Massard, Carlos Luiz lattes
Banca de defesa: Massard, Carlos Luiz, Rezende, Hugo Edison Barboza de, Freire, Nicolau Maués da Serra
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias
Departamento: Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11792
Resumo: O desenvolvimento de Boophilus microplus, Babesia bigemina e B. bovis foi estudado em condições experimentais, usando bovinos mestiços originados de uma região livre destes parasitos. Observou-se uma sequência evolutiva dos hemoparasitos no carrapato vetor, partindo da presença de eritrócitos infectados na luz intestinal de teleóginas, durante as primeiras 24 horas após o desprendimento, até o aparecimento de esporozoitas nas larvas. No período de 24 a 48 horas após a queda de fê- meas ingurgitadas, verificou-se além da presença de alguns eritrócitos infectados, a ocorrência de corpos raiados "Strahlenkorper" e de formas vermiformes e que por seus aspectos morfológicos poderiam ser chamadas de oocinetos, podendo portanto estarem relacionados com a ocorrência de gametogonia. Por volta de 72 horas após a queda das teleóginas, foi observado a presença de oocinetos no citoplasma das células epiteliais além de um grande número de esporozoitas imaturos. No mesmo período xx. foi observado a presença de esporozoitas imaturos e maturos de B. bigemina e B. bovis nas amostras de hemolinfa, e no interior dos hemócitos. A partir do quarto dia de incubação verificouse também, a presença dos esporozoitas em amostras de tubos de malpighi e ovário. Estes protozoários foram observados em amostras de ovos a partir do quarto e quinto dia após a queda natural das teleóginas, e em larvas com dois dias pós-eclosão. Concluiu-se que o período ideal para o diagnóstico das infecções por B. bigemina e B. bovis em amostras de hemolinfa e ovos corresponde ao oitavo e 13º dia após a queda natural do hospedeiro vertebrado. Comprovou-se a interferência da infecção por B. bigemina e B. bovis em relação ao pêso e postura das teleóginas após desprenderem-se naturalmente do hospedeiro. Do total de 100 teleóginas coletadas de bovinos com parasitemia de 1,5% para B. bigemina e 0,4% para B. bovis, 96% apresentaram-se infectadas. Para o segundo grupo de teleóginas ingurgitadas em bovinos com parasitemia de 1,8% para B. bigemina e 0,7% para B. bovis, a taxa de infecção observada foi de 88%. A taxa de mortalidade observada no primeiro e segundo grupo de teleóginas, durante o sétimo e o 12º dia, de incuba- ção foi de 94,79 e 75,0%, respectivamente