Educação popular, resistência e memória: o caso de Pedra Lisa na Baixada Fluminense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Aguiar, Eduardo Jordan da Silva lattes
Orientador(a): Campos, Marília Lopes de
Banca de defesa: Campos, Marília Lopes de, Santos, Ramofly Bicalho dos, Alentejano, Paulo Raposo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
Departamento: Instituto de Agronomia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12128
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo ressaltar a importância da memória dos agentes sociais e políticos da luta camponesa nas décadas de 1950 a 1960, ocorrida em Pedra Lisa, antes do Golpe Empresarial-Militar de 1964, trazendo-a dinamicamente através de processo de pesquisa participante e pesquisa ação para alguns segmentos sociais de Pedra Lisa na atualidade (2016-7). A Associação de Lavradores de Pedra Lisa foi uma das primeiras organizações civis a resistir e lutar por terra na Baixada Fluminense. Lavradores, auto-identificados como posseiros, que moravam e cultivavam suas terras há décadas em Pedra Lisa, então pertencente ao 8º distrito de Nova Iguaçu, se depararam com grileiros, jagunços, empresas loteadoras e representantes políticos locais interessados em suas terras. Em finais da década de 1950, ocorreu uma intensa disputa e luta por terras nessa região. Nesse contexto, recortamos a experiência da construção da Escola Popular de Alfabetização de crianças e adultos realizada pela Associação de Lavradores e Posseiros de Pedra Lisa, como expressão das experiências de Educação Popular em emergência no referido contexto. Nitidamente, a escola de cunho popular buscou ir além do seu papel, primário, de ler e escrever: ―a escola ensinava também coisas sobre a vida”. Os materiais coletados durante a pesquisa, bem como lideranças e sujeitos participantes do contexto histórico (1950-60), foram trabalhados com participantes do Núcleo Agrário Miguel Couto – Associação dos agricultores e lavradores de Pedra Lisa e adjacências, em 2016, a partir da dinâmica da pesquisa participante/pesquisa ação e da Educação Popular, buscando-se, com isso, o fortalecimento das memórias das lutas populares na Baixada e da escrita de uma outra história a contrapelo, atendendo às perspectivas dos sujeitos populares.