Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pontes, Marcelo Duarte
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Orientador(a): |
Oshiro, Lidia Miyako Yoshii |
Banca de defesa: |
Santos, Alejandra Filippo Gonzales Neves dos,
Sakabe, Róberson,
Takata, Rodrigo,
Ramos, Leonardo Rocha Vidal |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
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Departamento: |
Instituto de Zootecnia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10282
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Resumo: |
A aquicultura intensifica-se para atender à crescente demanda por pescado. No entanto, os sistemas aquícolas intensivos estão relacionados a impactos ambientais resultante da descarga de efluentes ricos em nutrientes ou a elevados custos de produção devido à necessidade de manutenção da qualidade da água. A utilização de diferentes níveis tróficos integrados em um sistema de cultivo, aquicultura multitrófica integrada (AMTI), pode trazer diversos benefícios como a biorremediação dos efluentes e diversificação da produção. As macroalgas marinhas são eficientes na remoção de nutrientes dissolvidos na água, atuando como biofiltro e possuem em sua composição substâncias nutracêuticas, despertando a possibilidade de seu uso como ingrediente funcional na nutrição de peixes. Dentre as espécies de peixes marinhos nativos, carapeba (Eugerres brasilianus) possui características favoráveis à piscicultura, dentre elas a fácil reprodução, rusticidade e hábito alimentar onívoro. Outra opção é tilápia (Oreochromis niloticus), espécie onívora de crescimento rápido com pacote tecnológico desenvolvido e resistente a salinização da água. Neste cenário, foi avaliada a efetividade de macroalgas marinhas como biofiltro em sistema de recirculação em AMTI e o efeito da inclusão de farinha de macroalgas como ingrediente em dietas para juvenis de carapeba e tilápia. Foram avaliados a eficiência biofiltradora, crescimento e composição química das macroalgas Hypnea musciformis, Kappaphycus alvarezii, Ulva flexuosa e Ulva fasciata. Foram realizados ensaios de inclusão em diferentes níveis (0, 5 e 10%) da macroalga selecionada na dieta e avaliada a influência no desempenho produtivo do peixe, através da avaliação da sobrevivência, do ganho em peso e em comprimento. Foram avaliados o efeito da inclusão da macroalga sobre a taxa de passagem de juvenis de tilápia e carapeba, além da digestibilidade da macroalga para tilápia. Além disso, foi avaliado o efeito da inclusão da macroalga no desempenho produtivo de tilápia durante o processo de salinização da água. Os maiores desempenhos produtivo e remoção de amônia e a composição química, indicam que U. fasciata tem grande potencial para utilização em AMTI e como ingrediente funcional em rações para peixes. A inclusão da U. fasciata na dieta de juvenis de carapeba acelera a taxa de passagem, mas sem prejuízo aos parâmetros zootécnicos avaliados, indicando a possibilidade de substituição parcial da proteína sem afetar negativamente o desempenho produtivo e com benefícios ambientais e econômicos para o seu cultivo. O farelo de U. fasciata apresenta digestibilidade da matéria seca proteína e energia satisfatórios para juvenis de tilápia e a sua inclusão ao nível de 10% na dieta não promove alteração na velocidade de trânsito gastrointestinal, sendo este considerado um nível seguro de inclusão, sem prejudicar o aproveitamento do alimento pelo peixe. A inclusão de farelo de U. fasciata no teor de 10% da dieta não altera os parâmetros de desempenho produtivo durante a salinização gradual da água. |