Aspectos trans e pós cirúrgicos da técnica de tumescência nas mastectomias em felinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Iara Oliveira Valério dos lattes
Orientador(a): Souza, Heloisa Justen Moreira de lattes
Banca de defesa: Souza, Heloisa Justen Moreira de, Cunha, Simone Carvalho dos Santos, Silva, Ricardo Siqueira da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14080
Resumo: O objetivo do presente trabalho foi estabelecer a influência trans e pós cirúrgica, do uso da tumescência em mastectomias de gatas concernente ao tempo de execução da cirurgia, sangramento, exequibilidade, cicatrização da ferida e possíveis complicações. Foram utilizadas 15 gatas, ovariohisterectomizadas e com neoplasia mamária entre 4 e 19 anos, sem predileção de raça, pesando entre 2 e 5 kg. Os felinos foram divididos em: GF (Grupo Fentanila) com 7 gatas e GT (Grupo Tumescência) com 8 gatas. Todos os animais receberam Meperidina, na dose de 4mg/kg (IM) previamente. Em ambos os grupos foi aplicado o corante Azul Patente V 2,5% (2mg/kg) na região subcutânea peritumoral para observação do linfonodo sentinela. Neste período foi realizado coleta de 0,5ml de sangue para avaliação do hematócrito pré-operatório (Ht 1) a indução realizada com Propofol (5mg/kg) e em seguida a intubação. A manutenção anestésica foi com Isofluorano seguindo os planos de Guedel (Plano II/Estágio III). No grupo GT a cânula de Klein foi usada para infundir a solução tumescente. A mastectomia realizou-se em cadeia unilateral total nos tempos: TCr (torácica cranial) TCa (torácica caudal) Ab (abdominal) I (inguinal). Para fins estatísticos o tempo de cada procedimento foi cronometrado. As compressas foram pesadas no início e ao término de cada procedimento. O cirurgião foi questionado a respeito do sangramento transoperatório. No período pós-cirúrgico imediato os animais tiveram seus escores de dor avaliados. No grupo GF foi administrado 2,5 mcg de Citrato de Fentanila por via intravenosa lenta seguida de infusão contínua na taxa de 10 mcg/kg/hora na primeira hora passando para 5 mcg/kg/hora na hora seguinte. Nos dias 2, 7 e 14 do período pós-cirúrgico os animais passaram por avaliação cicatricial visual, realizando a coleta do sangue para o hematócrito (Ht 2) no primeiro dia pós-operatório, e cálculo de estimativa de perda de sangue. Todas as cadeias mamárias foram avaliadas histologicamente afim de permitir a avaliação de prognóstico e acompanhamento oncológico. O tempo de retirada da cadeia mamária foi melhor no grupo GT, a técnica não interferiu no tempo de retirada dos pontos e não foi capaz de trazer prejuízo em relação a perda sanguínea, facilitou a divulsão decidual e apenas dois animais apresentaram coloração azulada em mucosas devido ao uso do contraste azul patente V com melhora da coloração em 24 horas. A técnica foi eficaz na manutenção da analgesia 60 minutos após procedimento e foi observado maior conforto do paciente 24 horas depois. A aparência da ferida e resistência tecidual não foram prejudicadas pela técnica de tumescência, com a vantagem de manter a hiperemia, dor e temperatura no local da cirurgia controladas, os hematomas mostraram-se menores e menos frequentes no grupo GT, durante o período de seis meses de acompanhamento pós cirúrgico apenas três animais vieram a óbito, desses, dois recidivaram, sendo os mesmo animais onde o contraste não conseguiu corar o linfonodo, concluindo que a técnica do linfonodo sentinela também pode ser usada como fator prognóstico