Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria da Salete da
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Orientador(a): |
Sanchez, Sandra Barros
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Banca de defesa: |
Monteiro, Rosa Cristina,
Anjos, Maylta Brandão dos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Agrícola
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/12346
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Resumo: |
As questões agrárias e os movimentos sociais no campo são temas bastante recorrentes nas discussões dos círculos políticos, mas vistos de forma precária nas práticas educativas dos cursos técnicos agrícolas da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. No Campus Vitória de Santo Antão do Instituto Federal de Pernambuco isso não é diferente. Nosso objeto de estudo constituiu-se na análise de como as questões das lutas sociais no campo são abordadas nos componentes curriculares dos cursos técnicos da área agrícola daquela Instituição e de que forma essa abordagem concorre para a construção e valorização de uma identidade rural no aluno. Ao longo da pesquisa procuramos respostas para as seguintes inquietações: como o Campus Vitória de Santo Antão vem trabalhando para a valorização do homem do campo? Como seus alunos estão sendo trabalhados para valorizar o espaço agrário em que estão inseridos? O que essas escolas vêm fazendo para que esses alunos, ao término do curso, voltem para a zona rural e nela possam intervir e impulsionar seu desenvolvimento e não busquem o espaço urbano para aplicar os conhecimentos adquiridos? . Para dar sustentação teórica ao trabalho, buscamos nos fundamentar em diversos estudiosos e pesquisadores que já têm produzida uma literatura sobre o tema abordado. Para um melhor entendimento sobre os caminhos percorridos pela história das lutas por posse de terra no Brasil, recorremos a Manuel Correia de Andrade, Salete Caldart, Elide Rugai e Sérgio Celani Leite. Para a execução da pesquisa, foram aplicados questionários semi-estruturados com os docentes e entrevistas com os discentes da Escola campo de pesquisa, tendo como fundamentação teórica Duarte (2002), quando afirma que “é o pesquisador quem define os objetivos da pesquisa e quem escolhe o método de investigação”, fazendo-se em seguida o confronto teórico considerando as observações e análises dos dados da pesquisa e o referencial teórico utilizado. Analisou-se ainda o Projeto Político-Pedagógico do Campus. Essas etapas objetivaram colher informações a respeito de como a questão agrária está sendo ou pode ser tratada nos currículos dos cursos, materializados por eles em sala de aula. Após a coleta de dados e com base no referencial teórico analisado, procuramos sistematizar as informações obtidas buscando estabelecer a relação entre o teórico e o prático, o concreto e o abstrato. Os dados coletados contribuíram para compreender que a prática de discussão dos temas relacionados às questões agrárias e movimentos sociais está bem distante das necessidades dos alunos. Concluiu-se que é preciso as escolas da Rede Federal de Educação Profissional Tecnológica que trabalham com o ensino agrícola enfrentarem, de fato, a responsabilidade de preparar os docentes e discentes para se apropriarem conceitual, histórica e politicamente dos problemas e necessidades vividos pelo homem do campo, contribuindo para a construção de uma identidade no aluno, que favoreça sua fixação no meio onde potencialmente ele deve viver, trabalhar e produzir, com a construção de uma estrutura curricular que possa propor uma educação fundamentada nos interesses da classe trabalhadora. |