Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Joventino Fernandes
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Orientador(a): |
Franco, Avílio Antônio
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia
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Departamento: |
Instituto de Agronomia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13654
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Resumo: |
O processo de produção de alumínio e alumina gera grande quantidade de resíduo de bauxita, também chamado red mud (lama vermelha). Este resíduo é objeto de preocupação para o meio ambiente devido as suas características de alto pH e condutividade elétrica, além da elevada concentração de sódio, condições estas prejudiciais ao desenvolvimento de plantas, tornando difícil o manejo desse material e necessitando de grandes áreas para seu armazenamento. Por outro lado, alguns estudos têm sido desenvolvidos com aplicação desse material na agricultura, visando aumentar o pH e disponibilidade de nutrientes e melhorar a retenção de água para as plantas em solos arenosos. Esse trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar o potencial de uso do resíduo alcalino do refino de bauxita tratado e não tratado com água do mar como condicionador de solos. Para isso os materiais foram caracterizados em aspectos físicos, químicos e microbiológicos e comparados quanto a seus efeitos no solo testando-os sobre dois tipos de solos, um Planossolo e um Argissolo e sobre duas plantas bioindicadoras, a braquiária (Brachiaria brizantha) e o feijão comum (Phaseolus vulgaris). Após 50 dias do experimento, as plantas de feijão foram colhidas e foi feito o primeiro corte da braquiária, as plantas foram secas e pesadas, para a análise da massa seca. Contou-se também o número de perfilhos da braquiária e nesta foram feitos mais dois cortes, um aos 120 e o último aos 190 dias. Além dessa avaliação foi feito um estudo sobre o desenvolvimento de dendê nos tanques de estocagem do resíduo após 8 anos de implantação da revegetação com leguminosas arbóreas. Foram utilizadas 8 materiais genéticos de Elaeis spp (dendê) recomendados pela Embrapa Amazônia Ocidental: C2501, C2301, C2328, C3701, C2801, C7201, RUC13 e RUC87 e avaliados o diâmetro do cólo da planta e da copa, o número de folhas, a altura das plantas, a presença de bactérias diazotróficas e fungos micorrízicos associadas às plantas de dendê, a fauna de solo e o estado nutricional das plantas e a fertilidade do solo. Os resultados apresentados indicam que os resíduos foram eficientes na elevação do pH do solo, já com pequenas doses. A leguminosa mostrou-se mais sensível que a braquiária em relação à salinidade provocada pela adição dos resíduos, nos dois tipos de solos, sendo que nessa última, houve aumento de matéria seca de parte aérea em função das doses dos resíduos não tratado e tratado com água do mar até a dose de 5 Mg ha-1, no Planossolo. Na avaliação do dendê foi observada uma grande quantidade de bactérias diazotróficas e colonização micorrízica, independentemente do genótipo. Os dados indicam também um melhor desempenho para os genótipos RUC87 e C7201 no que se refere ao diâmetro do cólo e da copa, número de folhas e altura das plantas, apresentando uma maior capacidade de estabelecimento destas cultivares em relação às demais. No que se refere à fauna do solo na área de dendê, os seus valores de riqueza de grupos e densidade de indivíduos foram próximos aos valores encontrados em uma mata secundária local o que mostra que a revegetação com leguminosa está sendo eficiente em retomar os processos ecológicos e o equilíbrio do ecossistema. |