A paisagem da serra do Tepequém - RR e sua potencialidade para o geoturismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Cunha, Luciana Diniz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Roraima
Brasil
PRPPG - Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
PPG-GEO - Programa de Pós-Graduação em Geografia
UFRR
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufrr.br:8080/jspui/handle/prefix/661
Resumo: A serra do Tepequém, situada no Município de Amajarí no norte do Estado de Roraima, atraiu um enorme contingente de pessoas no final da década de 30, em virtude de sua riqueza mineral diamantífera, o que promoveu intensa atividade garimpeira. Esta atividade esteve concentrada, sobretudo nas bordas das drenagens, cujas marcas na paisagem são evidenciadas pela retirada da mata ciliar, presença de feições erosivas lineares além do assoreamento dos cursos. Entretanto, apesar das mudanças da paisagem advindas da atividade garimpeira, a serra do Tepequém ostenta um cenário paisagístico que atualmente é muito requisitado para a atividade turística. Essa beleza cênica é atribuída as suas características fisiográficas com destaque para as feições geológicas-geomorfológicas que sustentam e modelam a paisagem local. A crescente atividade turística, praticada de forma desordenada imprime impactos negativos na paisagem e baixo rendimento econômico para a comunidade da serra do Tepequém. Neste contexto, o presente trabalho busca relacionar os aspectos paisagísticos de cunho geológico e geomorfológico da serra do Tepequém e seu potencial para o geoturismo. Visando este entendimento foram realizados os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico, cartográfico e de sensores remotos sobre a área de estudo e o segmento geoturístico; aquisição de dados em duas etapas de trabalho de campo (identificação dos pontos geoturísticos, mapeamento de trilhas, entrevistas com ex-garimpeiros) e em gabinete processamento das imagens digitais e análise e correlação dos dados. As mudanças na paisagem em consequência do histórico da atividade garimpeira são evidentes nos igarapés Cabo Sobral e Paiva, os quais exibem extensas áreas aluvionares e perda significativa da mata ciliar. As potencialidades geoturísticas identificadas (morros, mirantes, cachoeiras e cavernas) foram descritas e denominadas conforme suas características geológicas-geomorfológicas e reunidas em um único produto (carta-imagem) constituindo uma fonte de pesquisa de cunho técnico – científico. As trilhas apresentaram alto grau de dificuldade, mas a riqueza de feições geológicas- geomorfológicas permitem um aproveitamento turístico com ênfase na temática educativa. Com relação as estratégias de valorização e utilização da serra do Tepequém, estas corroboram para a preservação e ao mesmo tempo proporciona o desenvolvimento da vila Tepequém, por agregar valor e selecionar o público interessado no viés geoturístico. Portanto, a serra do Tepequém resguarda uma geodiversidade que pode ser utilizada e preservada por meio da atividade geoturística.