Michael Sandel e a ética do aprimoramento genético humano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Adan John Gomes da
Orientador(a): Nahra, Cinara Maria Leite
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51962
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar a crítica que o filósofo estadunidense Michael Sandel dirige às técnicas de aprimoramento genético humano, a fim de compará-la com a obra mais ampla do autor. Com base nisso, esperamos mostrar algumas nuances do aspecto mais social do argumento de Sandel, ignoradas por muitos de seus leitores, bem como apontar os limites de sua crítica, sugerindo tanto que ela assume algumas premissas que não são livres de contestação quanto que outras partes de seus escritos oferecem elementos que tornam a rejeição aos aprimoramentos genéticos por parte do autor menos radical do que pode parecer à primeira vista. Para tanto, iniciamos com uma brevíssima descrição do cenário tecnológico e filosófico em que se desenrola o debate em torno do aprimoramento genético humano (introdução), descrição que devemos estreitar e aprofundar no primeiro capítulo, ao lidarmos com o tema da eugenia liberal. Seguimos, no segundo capítulo, com uma breve avaliação da crítica dirigida contra esse movimento pelo filósofo alemão Jürgen Habermas. No terceiro capítulo, quando finalmente conhecermos a crítica de Michael Sandel ao aprimoramento genético humano, faremos uma incursão em suas ideias mais amplas sobre política, a fim de fornecer um pano de fundo capaz de emprestar mais força ao seu posicionamento bioético. No quarto capítulo delineamos nossa crítica a esse autor, a qual acreditamos ser capaz de enfraquecer a confiabilidade e suposta inevitabilidade do cenário que ele desenha para um futuro de pessoas aprimoradas. Por fim, em nosso quinto e último capítulo, descrevemos qual é em nossa opinião o principal risco dos aprimoramentos, contrastando-o com aqueles apontados por Sandel, riscos que, embora não inviabilizem a ideia mais geral de aprimoramentos genéticos, reclamam um cuidado especial quanto à sua distribuição.