Nanoencapsulação do inibidor de tripsina isolado de sementes de Tamarindus Indica (L.) em quitosana e proteína do leite isolada: caracterização de partículas, estudo da eficiência e estabilidade da atividade antitríptica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Queiroz, Jaluza Luana Carvalho de
Orientador(a): Morais, Ana Heloneida de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/25723
Resumo: Estudos comprovam que o inibidor de tripsina isolado de sementes de tamarindo (Tamarindus indica L.) (ITT) apresenta ação sacietogênica e antiinflamatória em modelo experimental. Com base nisso e visando aumentar a eficiência e estabilidade da atividade antitríptica, o presente estudo investigou o efeito da quitosana purificada e da conjugação desta com a proteína do soro do leite isolada na incorporação de ITT. O inibidor foi extraído das sementes de tamarindo e isolado por meio de cromatografia de afinidade em Tripsina-Sepharose. Para o encapsulamento, foi utilizada a técnica de nanoprecipitação em solvente orgânico, e os agentes encapsulantes avaliados foram quitosana, proteína do leite isolada e combinação entre ambos, respectivamente, nas proporções ITT: agente encapsulante de: 1:4, 1:4 e 1:2:2 p/p. As partículas obtidas foram avaliadas quanto à eficiência de incorporação, caracterizadas por diferentes métodos físico-químicos, determinação da quantidade (mg) de inibidor que reduz a atividade da tripsina em 50% (IC50) e, estabilidade em diferentes temperaturas (40, 60, 80 e 100°C) e pH (2, 3, 6, 8). Com relação à eficiência de incorporação, não houve diferença estatística entre as formulações avaliadas (p>0,05). As micrografias dos encapsulados mostrou a formação de partículas esféricas e com superfície lisa, com exceção daquele à base de quitosana, no qual foram observadas partículas sem formato esférico e, com superfícies repletas de depressões. As espectroscopias forneceram indicativo do encapsulamento do ITT com os três materiais de parede estudados. Os difratogramas apontaram que todos os encapsulados apresentaram estrutura amorfa. A encapsulação com proteína do leite isolada, quitosana e a combinação de materiais de parede promoveram uma redução na IC50, respectivamente, sendo iguais a 0.18 mg, 0.04 mg e 0.05 mg, em comparação com 0.21 mg de ITT, o que foi comprovado ser ação do inibidor considerando que os materiais de parede não apresentaram atividade antitriptica. Em relação à estabilidade, apenas as partículas à base da combinação quitosana e proteína do leite isolada preservaram a atividade antitriptica do inibidor até 80°C e, em todos os pHs avaliados (assim como o EQ). Assim, pode-se concluir que a combinação de agentes encapsulantes foi uma estratégia de extrema importância para aprimorar a função e estabilidade do inibidor de tripsina do tamarindo.