Efeitos da oxigenoterapia hiperbárica na morfologia dos testículos de ratos com diabetes induzida por estreptozotocina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Façanha, Everton Lira
Orientador(a): Farias, Naisandra Bezerra da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ESTRUTURAL E FUNCIONAL
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
OHB
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55252
Resumo: O Diabetes Mellitus (DM) caracteriza-se como um distúrbio metabólico e crônico relacionado a problemas na secreção e/ou utilização de insulina. Indivíduos do sexo masculino com DM podem apresenta alterações no sistema reprodutor, tais como distúrbios na espermatogênese, baixa de testosterona e espermatócitos e alterações no número das células de Leydig. Dentre as técnicas que podem prevenir ou atenuar os diversos danos causados pela DM, a oxigenoterapia hiperbárica (OHB) é considerada uma das mais promissoras atualmente, uma vez que a mesma apresenta benefícios relacionados à manutenção e/ou reparo tecidual. Assim, o presente estudo teve como objetivo analisar a ação da OHB na prevenção de alterações morfológicas testiculares de ratos diabéticos induzidos por estreptozotocina. Foram utilizados 28 ratos machos (Rattus norvegicus) da linhagem Wistar, com 60 dias, pesando 220- 280g, os quais foram agrupados da seguinte maneira: C (animais normoglicêmicos, n= 7); C+OHB (animais normoglicêmicos submetidos à OHB, n= 7); DM (animais diabéticos, n= 7) e DM+OHB (animais diabéticos submetidos à OHB, n= 7). O DM foi induzido por estreptozotocina (40 mg/kg via intraperitoneal) e o tratamento com a OHB foi realizado durante seis semanas. Foi realizada uma análise histológica da integridade do tecido em lâminas coradas em Hematoxilina e Eosina, bem como análise morfométrica em lâminas coradas em azul de toluidina, e imuno-histoquímica para receptores de testosterona. A OHB não alterou significativamente a hiperglicemia nem reduziu a perda de peso corporal e testicular dos animais diabéticos. Quanto aos parâmetros morfométricos, o tratamento não foi capaz de mitigar as alterações morfológicas no tecido testicular advindas da DM, não havendo diferenças significativas entre os grupos DM e DM+OHB em relação à altura do epitélio, diâmetro dos túbulos seminíferos e diâmetro do lúmen. Nos grupos diabéticos houve menor disponibilidade dos receptores de testosterona. O tratamento com OHB não promoveu efeito na redução da perda desses receptores. Concluindo, nossos resultados indicam que a OHB não foi capaz de mitigar os danos causados pelo DM no epitélio seminífero, bem como parece ter interferido no ciclo celular da linhagem germinativa.