Palmyra Wanderley, a Cigarra dos Trópicos: imaginários culturais e mapa onírico em “Roseira Brava” (1965)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Eustáquio, Daniella Lago Alves Batista de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/20454
Resumo: O presente estudo oferece uma reflexão acerca do panorama biográfico da escritora oitocentista Palmyra Wanderley (1894-1978) e o contexto da produção intelectual e literária nos anos 20, no Rio Grande do Norte. Essa relação possibilita novo entendimento acerca do imaginário cultural dessa escritora, influente nos jornais e no cenário literário. Para isso, foram utilizados textos acadêmicos de estudiosos e comentadores da obra palmiriana; textos de acervo pessoal, coletado no impresso do Jornal A República (1914-1922); e o livro “Roseira Brava”, autoria de Palmyra (1965, 2ª edição). A pesquisa também traz a leitura de imagens poéticas dessa obra literária, na qual há poemas líricos e descritivos da Cidade do Natal e foram utilizados a fim de suscitar imagens que denotem espaços oníricos. A metodologia de análise desses poemas está embasada na fenomenologia do filósofo Gaston Bachelard (1884-1962), fundamentada nas obras “A poética do espaço” (2008) e “A poética do devaneio” (2009). Os resultados apontam que a educação para as mulheres, durante a transição século XIX e XX, no Rio Grande do Norte, possuía oferta reduzida em relação ao gênero masculino, diminuindo as oportunidades sociais entre as mulheres. E, somente mulheres de famílias com disponibilidade de recursos financeiros tinham condições de estudar em colégios particulares e religiosos, como aconteceu com a escritora em questão; além disso, a maioria dos críticos literários de Palmyra Wanderley tinha elementos sexistas em seus discursos, entre outras características, possibilitando construir quatro categorias de imaginário cultural, como: “discursos elogios”, “traços literários”, “comparações masculinas”, “traços religiosos”; os poemas analisados foram relacionados às categorias bachelardianas, como “ninho”, “casa”, “espaços de dor” e “infância permanente”.