Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Valdicley Eufrausino da |
Orientador(a): |
Sanguinetti, Federico |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57762
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Resumo: |
Estabelecemos, no presente trabalho, uma leitura crítico-analítica acerca da recepção do conceito de necropolítica no atual cenário brasileiro. Para tanto, examinaremos, em primeiro lugar, a formulação do conceito a partir de um recuo investigativo, o qual chamamos de escavação. Tal empreendimento consiste em analisar, pontualmente, os debates propostos sobre biopolítica tanto em Michel Foucault quanto em Giorgio Agamben, assim como as discussões sobre raça, racismo e imperialismo apontadas por Hannah Arendt. Posteriormente à tarefa arqueo-genealógica, damos ênfase na elucidação, em si, da noção de necropolítica formulada por Achille Mbembe, investindo esforços em refletir sobre o estatuto paradoxal dos ditames inovadores da condição política identificada pelo pensador camaronês. Antes, o Estado era o principal responsável pelas formas de manejo e configurações dos mundos de vida e morte; já na atualidade, tais aspectos não se configuram somente por grupos sólidos, fixos, estáveis, mas por diversos grupos em diversas esferas sociais. Com isso, queremos dizer que não é somente o Estado que mata. Os exércitos privados, milícias e grupos paramilitares são exemplos explícitos desse ordenamento dentro/fora do poder convencionalmente conhecido, formulado e normalizado, o qual o filósofo chama de necropoder. Este produz tanto novos mundos de morte quanto amplia o direito de matar com irrestrita voracidade. Por fim, examinamos a recepção do conceito necropolítica no cenário brasileiro apontando o caráter multifacetado dos aportes analíticos contemporâneos no território. Nesse ínterim, o percurso nos alude identificarmos a brancura, e seus desdobramentos identitários identificados como branquitude e branquidade, como constitutivas da dinamicidade da produção de mortes incessantes de determinadas pessoas e grupos sociais, seja pelo Estado, seja pelo domínio para além dos poderes oficiais, em que matar, seja de modo físico, seja de modo psicológico, ou ainda, de modo simbólico, tornaram-se entretenimento e banalidade cotidiana. Diante desse cenário de extermínio, precisamos fazer novos questionamentos e encontrar novas respostas e ações que rompam com a estrutura hegemônica do neocolonialismo e neoimperialismo. Para tanto, precisamos repensar e rediscutir os sentidos da política no século XXI. |