O significado de ética em Marx

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lima, Lindiédina Alves de
Orientador(a): Dias, Maria Cristina Longo Cardoso
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26450
Resumo: O presente trabalho pretende apresentar o significado de ética que aparece de modo velado nos escritos de Karl Marx a partir da ênfase dada por este autor ao modo de produção capitalista com todas as suas características elementares, além da concepção de homem como um ser social dotado de objetivações. Tal perspectiva torna possível a compreensão dos valores que regem a vida dos indivíduos em sociedade e os mecanismos responsáveis por seu estabelecimento. Com efeito, não há na teoria marxiana uma ética elaborada, posto que esta categoria não detinha a capacidade de superar as contradições estruturais da sociedade capitalista. Mas, a ausência de um tratado da ética em Marx, não implica na ausência de ética, tendo em vista que toda a sua obra, isto é, os textos de juventude e maturidade possuem uma significação ética, na qual repousa o objetivo desta pesquisa – desvelar tal significação. Assim, a tese de base deste estudo concentra-se na análise da ética derivada da própria existência social com todos os seus condicionamentos materiais, estando ela inserida num contexto real e numa estrutura histórico-social. Partindo deste pressuposto, contempla-se uma abordagem do significado de ética na teoria de Marx seguindo dois planos opostos: Um crítico e outro derivado da luta de classes. Ou seja, o primeiro plano fixa-se na moral a partir da sua determinação social e de classe, tendo o dispositivo ideológico como um instrumento capaz de ocultar os interesses da classe dominante ao produzir uma moral forjada pela falsa consciência da realidade. O segundo plano é derivado da luta de classes existente na sociedade capitalista, o qual está alinhado aos interesses da maioria oprimida e explorada pelo sistema, logo, este escopo da ética coloca em perspectiva valores como a solidariedade, o coletivismo, a liberdade, o respeito e a coragem de lutar para subverter a ordem dominante.