Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Anjos, Karlyne Maciel Gadêlha dos |
Orientador(a): |
Azevedo, Carolina Virginia Macedo de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOBIOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30760
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa foi estudar a relação entre uso de mídias eletrônicas e o grau de urbanização das áreas de moradia com o ciclo sono-vigília e os componentes da atenção em adolescentes. Participaram do estudo 214 adolescentes entre 12 e 18 anos, de ambos os sexos, sendo 111 da área suburbana e 103 da área urbana, matriculados nos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental II no turno matutino da rede pública de ensino do RN. O ciclo sono-vigília foi avaliado pelos questionários “A saúde e O sono”, “Índice de qualidade de Sono de Pittsburg”, “Escala de Matutinidade/Vespertinidade”, “Escala Pediátrica de Sonolência Diurna”; além do Diário do Sono e uso de actímetro por 10 dias. Enquanto a atenção, pela Tarefa de Execução Contínua. A maioria dos adolescentes possui dispositivos eletrônicos no quarto, com predomínio do celular, têm o hábito de enviar mensagem pelo celular antes de dormir, escutar música e usar o celular ao despertar à noite. A maioria das pessoas que divide o quarto de dormir com os adolescentes relataram usar o celular. Na área urbana, os adolescentes relataram: ter mais TV no quarto e o hábito de assistir TV antes de dormir, ter mais acesso à internet em casa, porém menos acesso à internet no celular, do que os da área suburbana. Além disso, apresentaram maior irregularidade nos horários de levantar; maior relato de acordar na semana com alguém chamando em relação aos da área suburbana, que em sua maioria acorda com o auxílio do despertador; maior tendência à vespertinidade e maiores níveis de sonolência diurna. Independente da área, os adolescentes apresentaram má qualidade de sono e afirmam usar dispositivo eletrônico antes de dormir, pelo menos um dia da semana, com maior frequência de uso na semana. Em relação aos componentes da atenção, houve maior percentual de respostas corretas em todos os componentes da atenção, maior estabilidade geral na tarefa, menor percentual de omissões no alerta tônico e atenção seletiva, e uma tendência a menor percentual de omissões no alerta fásico na área urbana. Quanto à relação entre o uso de mídia e grau de urbanização com as variáveis de sono, o modelo linear geral multivariado não apontou associações entre o uso de mídia e estas variáveis. Por outro lado, a área urbana foi associada a menor eficiência do sono na semana (β = - 0,64; p < 0,01) e fim de semana, (β = - 0,70; p < 0,01), menor latência do sono no fim de semana (β = - 0,31; p < 0,01), maior número de despertares noturnos na semana (β = - 0,69; p = 0,00) e fim de semana (β = - 0,64; p < 0,01), maior irregularidade nos horários de dormir (β = 0,38; p < 0,01) e acordar (β = 0,66; p < 0,01) e a um maior percentual de respostas corretas na atenção seletiva (β = 0,26; p < 0,01). Além disso, o modelo apontou que as meninas apresentam maiores níveis de sonolência diurna (β = - 0,18; p = 0,04), menor eficiência do sono na semana (β = 0,17; p = 0,02), e menos despertares noturnos no fim de semana (β = 0,22; p < 0,01) do que os meninos. Portanto, os adolescentes fazem uso de mídia eletrônica e têm maus hábitos de sono em ambas as áreas. A área urbana foi associada a maior irregularidade nos horários de sono, pior qualidade de sono, maiores níveis de sonolência, tendência à vespertinidade e melhor desempenho atencional. |