Performance de corpos brincantes: cultura africana e artes cênicas na educação infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Braga, Lia Franco
Orientador(a): Alves, Teodora de Araújo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28544
Resumo: Nesta dissertação, desvelo experiências de performances dos corpos brincantes de crianças na Educação Infantil, estimuladas por elementos da cultura africana, através do universo das deusas e dos deuses orixás, com centralidade na nação Iorubá. Os processos de criação em arte nesta pesquisa em Artes Cênicas, desenvolvidos no NEI/Cap/UFRN, envolveram um grupo de crianças de 5 a 6 anos e contaram com a participação das duas professoras responsáveis pela turma, bem como de outros profissionais da referida instituição. Foram desenvolvidas observações, entrevistas com adultos, diálogos com as crianças e oficinas artísticas com mediação lúdica: contações de histórias e jogos/brincadeiras corporais ancoradas nas linguagens da dança e do teatro, assim como o uso de elementos de musicalidade. Os desenhos das crianças, as fotografias e os registros em vídeo enriqueceram as narrativas e proporcionaram uma maior aproximação com o fenômeno vivenciado. Os trabalhos de Merleau-Ponty em seu olhar fenomenológico sobre o corpo e a infância, bem como a proposição da pesquisadora Marina Machado, especialmente com o conceito de criança performer, entre outros autores, fundamentaram meu percurso teórico-metodológico. As ancoragens sobre africanidades, negritude e orixás, com base em autores como Kabengele Munanga, Clyde W. Ford, Teodora Alves, Sandra Petit, Kiusam de Oliveira e Reginaldo Prandi, entre outros, com suas abordagens e conceitos afro-referenciados, subsidiaram um olhar crítico e reflexivo para esta pesquisa, de modo a reconhecer e valorizar as riquezas afrodescendentes na Educação Infantil. Este percurso acadêmico, artístico e político corrobora a aplicabilidade da Lei nº 10.639/03, na medida em que a arte no cotidiano escolar tem um papel relevante na disseminação de diálogos, saberes e práticas que favoreçam relações étnico-raciais mais inclusivas e democráticas. A riqueza, a intensidade, as trocas e os aprendizados com as crianças moveram um fazer afro-poético respaldado em uma ancestralidade africana, alargando e intensificando nossas experiências brincantes.