Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Cecagno, Susana |
Orientador(a): |
Castro, Janete Lima de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
MESTRADO PROFISSIONAL GESTÃO DA QUALIDADE EM SERVIÇOS DE SAÚDE
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22032
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Resumo: |
Introdução: A infecção urinária na gestação é um agravo importante que pode prejudicar a saúde do binômio mãe-filho e aumentar a morbimortalidade materna e neonatal. Desfechos desfavoráveis da gestação relacionam-se às falhas na capacidade prevenção e resposta diante de intercorrências do pré-natal, parto e puerpério. Atualmente, carecem estudos sobre estratégias que fomentem a melhoria da qualidade do pré-natal e fortaleçam estratégias de gestão pública para otimizar os processos de trabalho, melhorar a acessibilidade das mulheres aos serviços que realizam pré-natal e, principalmente, qualificar a assistência no período gestacional. Objetivo: Avaliar os efeitos de um ciclo de melhoria da qualidade em prevenção e manejo das ITUs no pré-natal. Metodologia: Trata-se de um estudo de natureza quantitativa, com delineamento quase-experimental, tipo antes e depois, sem grupo controle, realizado em Cacoal/RO, entre 2015 e 2016. Aplicou-se um ciclo externo de melhoria da qualidade, com avaliações de cinco critérios de qualidade e dois indicadores sentinela. Foram realizadas duas avaliações, com temporalidade de três meses entre elas, e, entre elas, dois monitoramentos tipo Lot Quality Acceptance Sampling – LQAS. Entre a primeira e a segunda avaliação, aplicou-se uma intervenção participativa, planejada e norteada pelos resultados da primeira avaliação. As amostras foram aleatórias, constituídas por 120 cartões de gestantes compreendidas entre a 36ª e 42ª semana de gestação para avaliação dos critérios 1, 2, 3 e 4, além dos dados de mortalidade perinatal, que foram coletados do Relatório de Gestão Municipal. Com intuito de identificar o nível de qualidade, foi empregada a estimativa pontual e intervalo de confiança (95%) do cumprimento dos critérios. E, visando a comprovação da efetividade da intervenção, foram calculadas as melhorias absoluta e relativa entre a primeira e a segunda avaliação, assim como a sua significação estatística com teste z unilateral. Resultados: Na análise da melhoria da qualidade, observou-se que a maioria dos critérios apresentaram significância estatística (p<0,001), entre a 1º e 2º avaliação, exceto o critério 1 que apresentou um p acima do esperado. Já os critérios 1, 2 e 4 alcançaram um percentual acima de 65% de cumprimento em ambas às amostras analisadas. Com relação ao critério 5, pode-se inferir que em 10,8% da amostra analisada, constava registro de resultados de exames qualitativo de urina e/ou urocultura alterados, e destas, 53% tinham registro de tratamento adequado. A taxa mortalidade perinatal teve um declínio de 4,7% entre os anos de 2014 e 2015, e a taxa de mortalidade neonatal precoce diminuiu 3,23% entre os anos de 2013 e 2015. Conclusões: A metodologia empregada com o ciclo externo da melhoria da qualidade colaborou no remodelamento dos processos assistenciais do pré-natal e, principalmente, na integração entre as equipes assistenciais e as gestoras dos diferentes níveis de complexidade trabalhadas, fortalecendo a cogestão e a coparticipação dos trabalhadores envolvidos diretamente no cuidado às usuárias, nos processos de gerenciamento da saúde municipal. Possibilitou, também, reflexões acerca dos fluxogramas vigentes, proporcionando seu redesenho, o que refletiu na melhoria do acesso das gestantes aos serviços de saúde e à qualidade assistencial. |