Suplementação de curcumina em marcadores metabólicos, inflamatórios e de estresse oxidativo em indivíduos com HIV/aids: ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Tatiane Andreza Lima da
Orientador(a): Dantas, Paulo Moreira Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26499
Resumo: O manejo dos fatores de risco para doenças cardiovasculares (DCV) tem sido um grande desafio em pessoas vivendo com HIV/AIDS e sob a terapia antirretroviral (TARV). Estratégias para redução desses fatores de risco têm sido prioritárias na assistência clínico-nutricional dessa população. Alguns compostos bioativos presentes em alimentos, como a curcumina, têm sido alvo de estudos e parecem promissores para esse fim por apresentarem propriedades antioxidantes e antiinflamatórias. O presente estudo objetivou avaliar a influência da suplementação de curcumina em marcadores metabólicos, inflamatórios e de estresse oxidativo em indivíduos com HIV, sob TARV. A pesquisa caracterizou-se como um ensaio clínico randomizado, duplo-cego, do tipo crossover, com amostra de 20 indivíduos treinados, divididos em Grupo Experimental (GE) e Grupo Placebo (GP), suplementados com 1000mg de curcumina/dia e placebo, respectivamente, por 30 dias, com washout de 12 dias. Antes e após cada fase foram avaliados glicemia e insulina de jejum, perfil lipídico, interleucina 10, fator de necrose tumoral alfa, malonaldeído, glutationa reduzida, composição corporal e oxidação de substratos energéticos. O consumo alimentar foi variável de controle. Além da estatística descritiva, foram utilizadas análises inferenciais para identificar diferenças entre os grupos quanto aos parâmetros metabólicos, análise baseada na magnitude para permitir interpretação associada à significância clínica, além do cálculo do tamanho do efeito a partir do D de Cohen. Não houveram melhoras nos perfis glicêmico, lipídico, inflamatório e de estresse oxidativo após a suplementação de curcumina. Também não foi observado diferenças na oxidação de substratos energéticos em repouso ou na composição corporal dos participantes. Esses achados possivelmente estão associados a complexidade das alterações metabólicas nessa população e a provável modulação já exercida pelo exercício físico sobre os parâmetros avaliados. Novos estudos clínicos com diferentes dosagens e tempos de intervenção devem ser realizados para melhor entendimento do efeito da curcumina em indivíduos com HIV e sob TARV.