(Re)pensando o ensino de gramática em três eixos: o sujeito anafórico na construção da referenciação

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Medeiros, Fernanda Rafaela Lopes de
• Orientador(a): Martins, Marco Antonio Rocha
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM LETRAS – PROFLETRAS
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Sujeito anafórico; Sociolinguística variacionista; Sequência didática; Ensino de gramática
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS
• Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24905

Analisando produções do Ensino Fundamental (EF), este estudo destaca, entre outros problemas, as dificuldades de os alunos compreenderem a categoria gramatical sujeito, bem como sua utilidade na construção da coesão referencial – especificamente, o sujeito anafórico. Considerando essa constatação, a proposta de intervenção e aplicação que compõe esta pesquisa, a partir da elaboração de uma Sequência Didática (SD) trata do uso do sujeito anafórico em uma turma do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Fabrício Maranhão, pertencente à rede pública de ensino, localizada em Canguaretama/RN. Tem por base os pressupostos teóricos e a metodologia sistematizados em estudos recentes da Sociolinguística variacionista sobre o ensino de gramática (GÖRSK; COELHO, 2009; VIEIRA, 2008, 2013, no prelo; MARTINS, 2013; MARTINS; VIEIRA; TAVARES, 2014). A partir da aplicação de uma SD, primeiramente, os alunos recontaram, com suas palavras, o conto Natal na barca (de Lygia Fagundes Telles). Essa primeira produção serviu para realizar um levantamento dos usos do sujeito anafórico feitos por eles. Com isso, a análise mostrou que, em muitos casos, são usados sujeitos anafóricos ambíguos ou sem referente recuperável na superfície textual, ou, ainda, com a atribuição de ações ao referente errado, criando situações que não existem no texto original. Na sequência, faz uso das próprias produções dos alunos para trabalhar com eles os usos do sujeito anafórico. Essas produções subsidiaram informações necessárias para refletir acerca do objeto de estudo em questão, e, com base na literatura linguística, também refletir cientificamente sobre a língua. Na última intervenção em sala de aula, os alunos produziram, mediante orientação, um texto final. Com essas últimas produções, os alunos demonstraram uma atenção, que antes não existia, em relação aos usos do sujeito anafórico. Como resultado da aplicação da SD, alguns alunos, que inicialmente produziram textos praticamente incompreensíveis, demonstraram um uso mais diversificado dessa categoria gramatical, construindo cadeias referenciais de modo mais eficiente.