Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Francisco Emanuel Soares |
Orientador(a): |
Dutra, Elza Maria do Socorro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22547
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Resumo: |
Pensar no habitar é algo que remete à ideia de moradia. No entanto, para a fenomenologia-existencial heideggeriana, o habitar diz respeito ao modo de ser que constitui o homem e que se desvela mediante a familiaridade e o estranhamento com o mundo. Dessa forma, habitar é a expressão do próprio ser-e-estar-no-mundo. As pessoas em situação de rua compõem um grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares fragilizados ou rompidos e a inexistência de moradia convencional regular. Pesquisas de orientação fenomenológica e existencial se encaminham na direção da experiência, considerando que tal perspectiva dá ênfase à dimensão existencial do viver humano e aos significados vivenciados pelo sujeito no seu estar-no-mundo. O objetivo geral desse estudo foi compreender quais sentidos pessoas em situação de rua atribuem à sua experiência de viver nas ruas. Esta é uma pesquisa de inspiração fenomenológico-existencial em que foram entrevistadas duas pessoas em situação de rua: um homem de 42 anos e uma mulher de 25 anos. As entrevistas aconteceram nas ruas e foram interpretadas à luz da hermenêutica heideggeriana. A análise das narrativas revelou que, ao mesmo tempo em que a rua se configura como um local de insegurança, inospitalidade e vulnerabilidade, ela acolhe quem nela decidir viver, seja por opção, por falta dela, para evitar uma situação de sofrimento e violência ou por qualquer outra razão. As relações das pessoas com os outros e com o espaço em que vivem exercem influência na hora da decisão por tornar a rua um local de existência. As narrativas dos participantes denunciam casos de violência física, psicológica, sexual e policial. Também de discriminação e violação de direitos humanos. Sobre as estratégias de sobrevivência nas ruas, essas são diversificadas e utilizadas de acordo com a disponibilidade de recursos e a oferta de alguns serviços. |