Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Cavalcanti, Kalyne de Menezes Bezerra |
Orientador(a): |
Carvalho, Ricardo José Matos de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/52608
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Resumo: |
Esta dissertação visou analisar a Academia ao Ar Livre (AAL) em espaços públicos, que foram implantadas no Brasil, com o objetivo de propiciar, à população, a prática de atividade física, de modo a minimizar as taxas de morbimortalidade, como parte de uma política pública de saúde. Este estudo tem como objetivo caracterizar a população usuária e as atividades físicas realizadas por elas na AALs, analisar os programas de atividade física existentes, analisar as práticas físicas realizadas pelos usuários e os riscos de lesão musculoesquelética associados e avaliar os determinantes do sistema de gestão adotado na AAL, que podem interferir na qualidade das práticas das atividades físicas e, consequentemente, na geração de riscos de lesão nos usuários. Para tanto, foi realizado, inicialmente um mapeamento das AALs existentes no município de Parnamirim/RN, Brasil, e, em seguida, um estudo de caso, em que foi adotado o método da Análise Ergonômica do Trabalho - AET e as técnicas observacionais e interacionais pertinentes. O estudo de caso foi realizado na AAL da Praça Monsenhor Walfredo Gurgel localizada no mesmo município. A população analisada do estudo é composta por 41 praticantes de atividade física da AAL, sendo 70,7% mulheres. A ocorrência de lesões musculoesqueléticas foi relatada por 9,8% dos usuários da ALL. Observou-se, também, as atividades físicas realizadas pelos indivíduos nos aparelhos mais utilizados, chegando-se aos seguintes dados: presença de dor em 85,3% dos usuários; realização da atividade física com uma frequência de 4-7 vezes por semana, por 73,1% dos usuários; 48,8% deles permanecem na praça por até 60 min/dia; 82,9% frequentam a ALL há mais de 2 anos; e 87,7% dos usuários percorrem uma distância de até 3 km para chegar à praça e 82,9% da população usuária chega ao espaço público da praça caminhando. Observou-se em diferentes contextos de utilização dos equipamentos de atividade física da ALL, instalados na Praça, a existência de modos operatórios diversos adotados pelos usuários ao realizar a atividade física, tal que a biomecânica utilizada na execução do exercício, em certos casos, se dava de forma errônea, forçando compensações de postura, o que favorece a ocorrência de lesões musculoesqueléticas. Esse quadro foi ainda mais favorecido, dentre outros fatores, quando se verifica que não há uma equipe multidisciplinar de profissionais para assistir e orientar os usuários, que 100% dos usuários da AAL utilizam os equipamentos sem acompanhamento profissional especializado, que 100% realizam as atividades físicas sem a existência de um programa específico e que não há a possibilidade de ajuste dos equipamentos à antropometria do usuário, dado que 100% dos equipamentos da AAL não dispõem de dispositivos de regulagens. De forma geral, os equipamentos da AAL e o espaço físico não atendem aos requisitos de conforto, segurança e acessibilidade. Para a minimização dos riscos de lesão musculoesqueléticas dos usuários da AAL, recomenda-se: a criação e consolidação de um programa público de atividade física para os usuários da AAL, que dê conta das singularidades de cada um que não o possui, acolha os programas trazidos pelos usuários, e que foram elaborados pelos seus respectivos profissionais, e os orientem quando da realização da atividade física; a criação de equipes multidisciplinares de profissionais para assistir e orientar os usuários; a licitação de equipamentos, que considere as necessidades prioritárias da população, tomando-se como base estudos epidemiológicos, os critérios de segurança, de conforto, ergonômicos, de acessibilidade, de durabilidade e de regulagens dos equipamentos; a criação de um plano de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos; a elaboração e execução de projetos de AAL associado a projetos de praças, que proporcione segurança, conforto, bem-estar e beleza à população, de modo a favorecer a realização da atividade física nas AALs; a implantação de um programa de saúde e qualidade de vida para a população do município, que contemple o programa de atividade física nas AALs. |