Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Andrade, Nelita Castro |
Orientador(a): |
Marques, Larissa Kelly de Oliveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTES CÊNICAS
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45851
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Resumo: |
A pesquisa apresentada aborda um estudo de cunho teórico-prático a partir de discussões sobre as tessituras e cargas poéticas criativas que o corpo é atravessado na contemporaneidade. Tem por objetivo refletir sobre uma construção criativa que ponha em diálogo o tecido como elemento cênico e o corpo do intérprete na dança contemporânea, a partir de uma analogia, a significância dos tecidos que envolveram o persona de Jesus Cristo, para o processo de criação em dança contemporânea. A metodologia deste trabalho está baseada na proposição de Ciane Fernandes (2018), A prática como Pesquisa, que pensa a pesquisa em Arte como constructo entre teoria e prática cênica. Sendo assim, a minha prática de criação alimenta e é alimentada por fundamentos teóricos que sustentam e são sustentados pelos processual dos laboratórios de investigação composicional. A pesquisa tem uma abordagem qualitativa e parte do entendimento que o corpo é a minha condição de existir, de aprender e de conhecer. O estudo dialoga com a improvisação como ferramenta à construção cênica para fomentar o ato criativo que entrelaça corpo-peletecidos. O escrito está disposto da seguinte maneira: A primeira costura - Nascimento e Bar Mitzvá, introduz ao tema da pesquisa mostrando o início do processo criativo, o corpo vivido e seus retalhos do contato do intérprete com o elemento cênico – tecido, por meio da técnica de improvisação para criação em dança contemporânea. Mostra ainda, a tessitura do corpo atento, ao amadurecer em busca de uma percepção mais aguçada da cinesfera reduzida e ampliada entre a intérprete e o tecido. Nesta costura, discutimos um pouco sobre o corpo e a pele na contemporaneidade e refletimos o corpo e a pele como estruturas que não se separam, mas que são integradas e nos tornam sujeitos artísticos no modo de ser e fazer arte, para se comunicar consigo, com o outro e com o mundo. A Segunda costura – Escárnio e Crucificação trata sobre o desenvolver do processo para a construção poética da obra e suas redes de conexões para dança contemporânea. Apresenta também, as tramas tecidas para a cena. A terceira e última costura – Ressurreição e Ascenção aborda um apanhado geral da pesquisa, refletindo as relações entre o tecido como intérprete e o corpo como tecido, e suas possíveis contribuições para pesquisadores, educadores e artistas da cena contemporânea. Por fim, chegamos à Conclusão, Tessituras Imagéticas, mostrando os resultados processuais para a criação em foco. Para tecer essas costuras, trazemos autores como: Fernandes (2002), Nóbrega e Tibúrcio (2004), Louppe (2012), Leal (2012- 2013-2014), Mundim (2017), falando sobre o Corpo-Espaço-Poética e Dança Contemporânea na contemporaneidade. Consideramos as teorias de Salles (2010-2016) para falar sobre o processo de criação nas artes, e ainda Montagu (1988), para dialogar sobre os conceitos sobre a pele. Em seguida, vem Pavis (2007) e Pelozzo (2013) para dialogar acerca dos Tecidos/Figurinos do ator. E por último, Almeida (2017), fazendo referência aos estudos bíblicos. Além desses autores, dialogamos com outros estudiosos da Filosofia e das Artes para contribuir com a nossa fundamentação da pesquisa. Foi possível perceber que o Lugar Secreto é dança na vida/de vida. Não é sobre apenas eu dançar minhas experiências, mas também poder resinificar as mesmas. Essa pesquisa contribui para a área das Artes Cênicas, especificamente para a Dança ao mostrar o acontecimento artístico no espaço litúrgico cristão, no que diz respeito a esse corpo sagrado que cria através das técnicas de improvisação. Logo, é um trabalho cuja transversalidade cultural é presente, pois é uma pesquisa que traz a ciência, religião e arte para discussão na contemporaneidade. |