Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Fernanda Jucá de Medeiros |
Orientador(a): |
Angelini, Ronaldo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32374
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Resumo: |
O entendimento das teias tróficas de ambientes aquáticos é um passo crucial para orientar a tomada de decisão que vise à melhoria da qualidade de água dos ecossistemas aquáticos continentais. Lagos artificiais são ecossistemas aquáticos que têm papéis importantes para as populações humanas devido aos seus usos múltiplos, como abastecimento de cidades, dessedentação animal, pesca, e produção de energia. Em regiões tropicais semiáridas, onde a escassez de água é uma constante, esses ecossistemas podem ser ainda mais utilizados. Além disso, alterações naturais e artificiais associadas à biota, aos usos múltiplos e ao clima da região (como aumento da temperatura e longos períodos de estiagem) favorecem espécies resistentes. Essas alterações da estrutura e funcionamento destes ambientes causam degradação ambiental e deterioram da qualidade da água. O objetivo deste trabalho foi quantificar a teia trófica de um lago artificial no semiárido brasileiro, à fim de descrever os mecanismos (drivers) principais que atuam na estrutura e dinâmica deste ecossistema. Assim, utilizamos o software Ecopath with Ecosim para representar um lago artificial localizado na Estação Ecológica do Seridó (ESEC) na região semiárida do Nordeste brasileiro. Nós fizemos três modelos com o mesmo conjunto de dados (maio de 2012 a abril de 2014): um modelo anual, um modelo mensal com as mesmas características do anual e um mensal com nutrientes como parte da teia trófica, simulando variações relacionadas a dinâmica de nutrientes e plâncton. As simulações foram testadas sob influência de duas funções forçantes (FF de fósforo e de radiação) e sob diferentes cenários de impactos (alteração na carga de nutrientes e remoção de peixes). O modelo que melhor representou o ecossistema foi o modelo mensal, que apresentou resultados mais condizentes com a realidade do lago artificial, que tratava-se de um ambiente eutrófico e enfrentava uma seca severa no período de monitoramento dos dados. Os resultados da modelagem indicaram que o lago artificial da ESEC é um ecossistema cuja maior parte da energia vem da cadeia de detritos, com alta produtividade primária, de baixa resiliência e que apesar de as espécies-chave serem predadores de topo, estas parecem não influenciar muito a dinâmica do plâncton, mostrando uma dinâmica de controle ascendente (bottom-up) e corroborando com os resultados de estudos prévios, em clima tropical, e de um experimento de biomanipulação realizado no reservatório na mesma época da coleta de dados. |