Imageamento e modelagem digital com GPR em microbialitos da Fazenda Arrecife, Chapada Diamantina (BA), NE do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Lima, Rebeca Seabra de
Orientador(a): Lima Filho, Francisco Pinheiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
GPR
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24847
Resumo: O trabalho envolve o imageamento e modelagem digital de uma colônia microbialítica neoproterozoica do afloramento da Fazenda Arrecife (BA), com o uso do método Ground Penetrating Radar (GPR) e a aplicação de atributos matemáticos. Concomitantemente, foi realizado o levantamento de seções colunares e a aquisição de perfis radioativos, permitindo a caracterização das fácies sedimentares. Foram também realizados estudos petrográficos e análises químicas (MEV/SED e FRX) para identificar a composição dos níveis escuros (estilolíticos), que geram reflexões nos radargramas. O atributo “Amplitude Instantânea” realçou a colônia de microbialitos (baixa amplitude), pois exibe um padrão de assinatura GPR distinto. O atributo de “Energia” apresentou resultados semelhantes ao de “Amplitude Instantânea”, proporcionando uma melhor visualização da laminação interna do microbialito colunar. Já o atributo de “Similaridade” realçou o limite da colônia com os depósitos tempestíticos. A combinação “Traço de Hilbert com Energia” mostrou um realce mais significativo do limite de crescimento da colônia microbialítica do que o atributo de “Energia” isolado. Já o atributo “Traço de Hilbert com Similaridade” realçou a estrutura interna da colônia microbialítica. Foram descritas as fácies microbialíticas (MCme, MCm e MCma) e fácies tempestítica (Cahm). O estudo petrográfico indicou a presença de minerais como limonita e/ou siderita, o que corrobora com os resultados das análises químicas. As análises químicas com MEV/SED e FRX mostram que no nível estilolítico ocorre maiores valores de Fe (11,9%), justificando assim os fortes refletores observados nas seções GPR, que são resultado do contraste eletromagnético entre o meio (ℇcalcário = 6,55) e o os níveis estilolíticos (ℇferro= 14,2). Para a modelagem digital, foi elaborado um sólido 3D que representa adequadamente a colônia microbialítica. A metodologia abordada neste trabalho, envolvendo a aplicação de atributos aos dados GPR, permitiu realçar características do microbialito que foram pouco observadas no dado original. Portanto, pode ser utilizada em outros contextos geológicos semelhantes (aflorantes ou não-aflorantes).