Moral e política em (dis)curso: análise baseada em frames de discursos de posse dos presidentes do Brasil dos últimos 20 anos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ribas, Rodrigo Slama
Orientador(a): Duque, Paulo Henrique
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA LINGUAGEM
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27060
Resumo: Esta tese de doutoramento se pauta no questionamento do quão influenciador pode ser o discurso de uma autoridade como um presidente da República e defende que, por meio da linguagem, agentes conseguem direcionar o pensamento coletivo, ativar frames, reconfigurar frames, fazer emergir metáforas tendenciosas ou orientar determinada visão de mundo. Com essa concepção, analisamos o discurso de posse dos presidentes brasileiros dos últimos 20 anos, entre o primeiro discurso do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso, passando por Lula e Dilma Rousseff, e o pronunciamento de Michel Temer ao assumir definitivamente o cargo que ocupava como interino. Abrange, portanto, quatro presidentes de três partidos políticos. Observou-se que cada um possui uma característica particular de conduzir o discurso ao externar o seu conceito de Bem-estar e se utilizar de frames morais conservadores e progressistas. Para identificar a construção do sentido nesses discursos políticos, temos como aporte teórico a Linguística Cognitiva em sua abordagem Ecológica, de acordo com Duque (2015b, 2016, 2017). Metodologicamente, os discursos foram divididos em bloco temáticos que ativam frames complexos, que são analisados: a) como esquemas imagéticos, b) como frames conceptuais básicos, c) como descritores de evento e d) na sua dimensão cultural, por meio da metáfora da contabilidade moral, como descrita por Lakoff (1995, 2002). Dessa maneira, pretendemos contribuir para os estudos que consideram a cognição e a linguagem em práticas discursivas, sobretudo no tocante ao conceito de Bem-estar e à construção do seu sentido nos discursos políticos.