Avaliação da eficácia de produto homeopático contendo Momordica charantia 12CH no controle dos sintomas do trato urinário inferior, causados pela hiperplasia benigna da próstata: ensaio clínico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Esposito, Regina Carmen
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM MEDICAMENTOS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/24519
Resumo: O aumento benigno da próstata, mais conhecido como hiperplasia benigna da próstata (HBP), leva a sintomas do trato urinário inferior (STUI), que contribuem para diminuir a qualidade de vida dos homens acima da quarta década. O mesmo vem sendo tratado, na sua maioria, por medicamentos alopáticos do grupo dos inibidores da 5-alfa-redutase e/ou alfa-bloqueadores e/ou fitoterápicos. A literatura científica apresenta uma escassez de ensaios clínicos randomizados, controlados com cegamento sobre a eficácia de medicamentos homeopáticos que já tenham matéria médica para esta doença, bem como de novos remédios homeopáticos. O presente estudo visou a avaliar a eficácia do produto homeopático, contendo Momordica charantia 12CH, no controle dos STUI, devido à HBP em ensaio clínico, randomizado, duplo cego e placebo controlado. Foram aleatorizados 81 pacientes em grupo A - Placebo e grupo B - Momordica charantia 12CH e avaliados a cada consulta pela anamnese, com o Escore Internacional de Sintomas Prostáticos (IPSS), pelos exames de imagem com mensuração do Volume Prostático (PV) e do Volume de Urina Residual Pós-esvaziamento (PVR) e laboratoriais pelo Antígeno Prostático Específico (PSA), Proteína C Reativa quantitativa (PCR) e Interleucina-6 (IL-6). Em 72 amostras, foram realizados imunofenotipagem de linfócitos e subpopulações por citometria de fluxo. Tanto a variável principal (IPSS) quanto as variáveis secundárias (PSA, PV, PVR e PCR) e acessórias (IL-6, linfócitos totais, linfócitos B, linfócitos T, linfócitos T helper, linfócitos T citotóxico e relação CD4/CD8 e células Natural Killer) não apresentaram significância estatística nas médias entre os grupos tratado e Placebo. Quanto às variáveis de segurança, o uso da medicação homeopática, pelos pacientes, não trouxe interferência durante os seis meses do experimento, seja na taxa de glicemia de jejum, seja nas dosagens de alanina aminotransferase, aspartato aminotransferase, fosfatase alcalina, bilirrubinas totais e frações e creatinina, usadas para avaliação hepática e da função renal respectivamente. A ausência de infecção urinária, confirmada pelo sumário de urina dos pacientes, predominou em ambos os grupos A e B durante todo o período do ensaio clínico. Pode-se concluir que o tratamento com a Momordica charantia 12CH não apresentou diferença significativa para o placebo, quanto à eficácia no controle dos STUI, por HBP, porém mostrou-se seguro. Pesquisas de alta qualidade, que permitam a prescrição, a partir da individualização dos sintomas e com diferentes dinamizações, devem ser realizadas, para possibilitar uma interpretação mais decisiva.