Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Taianne de Lima |
Orientador(a): |
Pavan, Maria Ângela |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA MÍDIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49926
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Resumo: |
Esta tese analisa a representatividade racial no telejornalismo a partir do estudo de três estados brasileiros: Bahia, maior população preta; Santa Catarina, maior população branca do país; e Mato Grosso do Sul, estado que apresenta proporção equivalente de pretos, pardos e brancos. Isto porque a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que 54,9% da população brasileira é composta por negros, trazendo à reflexão as seguintes questões: em um país constituído, majoritariamente, por negros e brancos, é possível verificar o perfil de cor ou raça preponderante entre os profissionais que atuam em frente às câmeras nos telejornais dos estados pesquisados? A branquitude se impõe nos noticiários televisivos a ponto de refletir desigualdades e privilégios em relação à cor ou raça dos jornalistas de TV? É possível verificar a percepção de telejornalistas sobre práticas de preconceito e de discriminação racial no ambiente de trabalho? A metodologia compreende avaliação qualitativa e quantitativa, com base em entrevistas estruturadas, e a análise de imagens, realizada a partir da observação de telejornais e do Instagram. Os fundamentos teóricos contam com autores como Bento (2019, 2002), Cardoso (2008, 2010, 2017, 2020), Carrera (2020), Kilomba (2019) e Sodré (1999, 2014, 2022), que trazem uma discussão sobre raça, além de Martín-Barbero (2013) e Mattos (2010), que abordam aspectos relacionados à televisão e ao noticiário de TV. Os resultados da pesquisa apontam, a partir dos relatos de entrevistados, que a branquitude, mesmo quando não representada predominantemente em frente às câmeras no telejornalismo, impõe-se de forma racista nos bastidores, uma vez que os jornalistas pretos entrevistados relatam episódios de discriminação racial. A partir dos depoimentos, também foi possível verificar que a maior parte das pessoas brancas entrevistadas não apresentam uma percepção sobre práticas de preconceito e de discriminação racial no ambiente de trabalho. Espera-se que o resultado da pesquisa possa ajudar a fomentar o debate sobre a representatividade racial no jornalismo brasileiro. |