Rotação estelar e ambiente galáctico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, Moisés Pereira da
Orientador(a): Nascimento Júnior, José Dias do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58225
Resumo: Neste trabalho, estudamos as distribuições de velocidades rotacionais, juntamente com a cinemática e abundâncias químicas, de estrelas anãs de diferentes populações do disco, a fim de compreender a relação entre esses observáveis e o ambiente Galáctico. A Via Láctea abriga diversas estruturas, entre elas o halo estelar, o bojo, o disco fino e o disco espesso, cada uma habitada por estrelas com origens e processos de formação únicos, associadas a distintas propriedades químicas e cinemáticas. No entanto, devido às interações e aos processos dinâmicos, como a migração radial, essas populações misturam-se e, por consequência, a nossa vizinhança solar é composta por estrelas formadas em diferentes épocas e em diferentes regiões da Galáxia. Como resultados da presente tese, utilizando informações químicas e rotacionais, desemaranhamos as populações canônicas do disco Galáctico e reproduzimos as principais propriedades dessas populações como enriquecimento químico, idade, cinemática, gradientes de velocidade orbital e a razão de densidade local. Adicionalmente, também lançamos luz a respeito da origem do momentum angular estelar e da natureza estatística da distribuição da velocidade rotacional projetada, v sin i, das componentes do disco e demonstramos um possível acoplamento espacial da rotação estelar com o ambiente Galáctico. Nossos resultados sugerem que as velocidades rotacionais das estrelas não são definidas apenas por seus processos evolutivos, mas também pelos seus sítios de formação. Através de estimativas dos raios de nascimento, encontramos que o índice entrópico q das distribuições de v sin i depende do cisalhamento da rotação diferencial da Galáxia, revelando que a rotação estelar está intimamente ligada a eventos que se desdobram em escalas globais. Além disso, observamos que as propriedades rotacionais de algumas estrelas estão possivelmente associadas aos efeitos da barra Galáctica. Por fim, nossos resultados apontam que o cisalhamento rotacional da Via Láctea aumenta em regiões mais externas do disco.