Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Rolim, Pâmela Lavor |
Orientador(a): |
Versieux, Alice de Moraes Calvente |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SISTEMÁTICA E EVOLUÇÃO
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23670
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Resumo: |
O gênero Pilosocereus pertence à Cactaceae (subfamília Cactoideae) e é um dos maiores e mais bem distribuídos gêneros dentro da tribo Cereeae. Com 42 espécies, divididas nos subgêneros Pilosocereus e Gounellea, o gênero é distribuído de forma disjunta na região neotropical, ocorrendo nos mais diferentes tipos de hábitats, sempre associados a ambientes xéricos, sendo o leste do Brasil o seu maior centro de diversidade. Em razão de suas características morfológicas, as quais lhe conferem grande adaptabilidade a ambientes xéricos (assim como as demais Cactáceas), as espécies de Pilosocereus são frequentemente dominantes e assumem um importante papel ecológico e etnobotânico onde ocorrem. No entanto, poucos tem sido os trabalhos até o momento que tiveram como foco o gênero como um todo. Assim, esta tese teve como objetivo investigar o relacionamento filogenético, a biogeografia e aspectos evolutivos do gênero Pilosocereus. No capítulo 1 investigou-se os processos de diversificação de Pilosocereus nos hábitats áridos da região Neotropical, a partir do relacionamento filogenético, do tempo de divergência de clados e da reconstrução de áreas ancestrais. Concluiu-se que o gênero não é monofilético, e o principal clado (Pilosocereus sensu stricto) diversificou-se muito recentemente (principalmente no Pleistoceno tardio), com origem na Caatinga e eventos de migração para outros ambientes xéricos da América do Norte/Central, Noroeste da América do Sul e Caribe. No capítulo 2, reconstruiu-se o relacionamento filogenético do gênero através de análise bayesiana e máxima parcimônia, com uma ampliação da amostragem de táxons e regiões genômicas em relação a trabalhos previamente publicados. Comprovou-se a não monofilia do grupo, bem como de quatro espécies heterotípicas, o que permitiu propor mudanças taxonômicas, incluindo a elevação de categoria de três espécies; três novos sinônimos; um novo nome no ranking de espécie e um novo gênero, Xiquexique (composto pelas espécies formalmente posicionadas em P. subg. Gounellea), passando então Pilosocereus a uma nova circunscrição, com 42 espécies e quatro subespécies. Por fim, no capítulo 3 apresenta-se o padrão de distribuição, riqueza, endemismo e atual situação de conservação de todas as espécies do grupo, onde foi encontrado que alguns táxons apresentam restrições ao tipo de vegetação, mas a maioria se mostra amplamente distribuída em diferentes gradientes ambientais. A maior riqueza de espécies e diversidade filogenética são encontradas nos estados da Bahia e Minas Gerais, com áreas de endemismo sendo apontadas para o leste do Brasil e México. Assim, esta tese teve uma abordagem multidisciplinar a fim de elucidar diferentes aspectos da biologia deste grande e diverso grupo, que até o momento permaneciam desconhecidos. |