Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Raquel Cardoso de |
Orientador(a): |
Gomes, Daniel Dantas Moreira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA - CERES
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58180
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Resumo: |
O planejamento e a gestão ambiental no presente século são questões relevantes para a sociedade. O estudo de vulnerabilidade ambiental objetiva indicar as potencialidades e as limitações do uso da terra frente às pressões antrópicas sobre os sistemas ambientais e contribuir para o entendimento da realidade espacial de maneira a direcionar a gestão e o ordenamento do território. De modo histórico, a serra de Santana teve seu processo histórico de ocupação voltado às práticas agrícolas, todavia, nos últimos anos, sua dinâmica espacial tem sofrido significativas alterações, com o avanço da urbanização e antropização deste enclave úmido, acarretando a degradação da vegetação nativa e mudanças no uso da terra. A presente pesquisa tem por objetivo realizar o mapeamento e diagnóstico da Vulnerabilidade Ambiental da serra de Santana, no Seridó do Rio Grande do Norte, a partir da análise sistêmica das variáveis ambientais e análise multicritério em álgebra de mapas. Para isto, foram gerados mapas de variáveis ambientais da área de estudo: Índice de Dissecação do Relevo (IDR), Declividade, Geologia, Vegetação, Pedologia e Pluviosidade. Além disto, foram realizados o mapeamento temporal do Uso da Terra para analisar e quantificar as mudanças decorrentes do uso/cobertura e o mapeamento dos Sistemas Ambientais da Paisagem, a partir da análise integrada dos componentes ambientais para subsidiar o diagnóstico dos sistemas mapeados para a serra de Santana. Os resultados do Mapeamento de Uso da Terra apontaram que sua distribuição espacial sofreu mudanças significativas ao longo dos anos, sobretudo, com o aumento de parques eólicos, áreas de caatinga degradada e solo exposto, com consequente diminuição da vegetação densa, de modo que corroboram a influência antrópica sobre os sistemas, pois os resultados apontam uma significativa degradação ambiental nessas áreas. Desse modo, foram mapeadas sete classes de sistemas ambientais para a área de estudo. Destes sistemas, as classes Cristas Residuais e Escarpas Abruptas, Vertente Oriental Dissecada e Vertente Ocidental Subúmida mostraram-se mais susceptíveis à degradação, com moderado a alto grau de vulnerabilidade ambiental. Em contrapartida, os sistemas ambientais Platô Serrano e Planícies Fluviais e Tabuleiros Aluvionares apresentaram graus moderadamente estáveis a medianamente estável/vulnerável, configurando-se ambientes de transição com tendência à estabilidade. O Mapeamento de Vulnerabilidade Ambiental apresentou cinco classes de vulnerabilidade para a área de estudo, sendo estas: Estável, Moderadamente Estável, Medianamente Estável/Vulnerável, Moderadamente Vulnerável e Vulnerável. A classe Estável e Moderadamente Estável ocorre em maior proporção nas áreas dos platôs, bordas do relevo mais preservadas em relação ao uso da terra, estando sobre relevo favorável sobre litologias e solos estáveis. Todavia, a classe Vulnerável foi classificada em áreas de relevo forte escarpado, com elevado índice de dissecação do relevo e em áreas antrópicas dominantes. O mapa de sistemas ambientais corrobora a vulnerabilidade ambiental do território, no qual apresenta classes com potencial de fragilidade ecodinâmica acentuado e sistemas que apresentam condições de mediana a moderada vulnerabilidade. Destarte, espera-se que essa pesquisa possa contribuir para o entendimento da dinâmica ambiental da paisagem nessa área de relevante interesse paisagístico/ecossistêmico e que possa dirimir a gestão e o planejamento dessas áreas voltadas à conservação e o desenvolvimento sustentável do território. |