Dor, controle neuromotor e postura em indivíduos com disfunção temporomandibular com e sem queixas otológicas: um estudo transversal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Tavares, Luiz Felipe
Orientador(a): Ribeiro, Karyna Myrelly Oliveira Bezerra de Figueiredo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29494
Resumo: Introdução: as disfunções temporomandibulares (DTM) são alterações nas estruturas articulares e/ou musculares do sistema mastigatório que comumente apresentam dor nos músculos da mastigação e regiões adjacentes, sons articulares, dores de cabeça, otalgia e desvios da mandíbula. Estudos sugerem associações diretas entre DTM e alterações na coluna cervical, sendo a dor um dos principais sintomas que se relaciona principalmente à diminuição da força e resistência dos músculos cervicais. Além disso, dor no ouvido, zumbido e vertigem são apontados como queixas de origem otológica comumente presentes em indivíduos com DTM. Objetivo: avaliar a dor, controle neuromotor e a postura da cabeça e pescoço em indivíduos com DTM com e sem queixas otológicas. Métodos: trata-se de um estudo transversal no qual 57 indivíduos com DTM diagnosticados pelo RDC/TMD, de ambos os sexos e na faixa etária dos 18 a 59 anos foram avaliados. Os indivíduos com DTM foram divididos em dois grupos: um grupo com queixas otológicas (GCQ; n=31) e um grupo sem queixas otológicas (GSQ; n=26). Como queixas otológicas foram consideradas a tontura, vertigem, zumbido, otalgia, plenitude auricular e hipoacusia. Os indivíduos foram submetidos à avaliação do autorrelato da dor pela escala visual analógica, limiar de dor à pressão dos músculos cervicais e mastigatórios pelo algômetro digital, postura da cabeça e pescoço pelo ângulo crâniovertebral, incapacidade cervical pelo questionário índice de incapacidade cervical e controle neuromotor dos músculos flexores profundos pelo biofeedback de pressão (ativação e resistência). Foram realizadas análises descritivas e inferenciais pelo programa estatístico SPSS 23.0 e adotado um intervalo de confiança de 95% e um p < 0,05 como diferença significativa. Resultados: o grupo com DTM e queixas otológicas apresentou menor ativação muscular (GCQ 24 mmHg [24 – 26]; GSQ 26 mmHg [24 – 28]), menor resistência (GCQ 44 [28 – 78] pontos; GSQ 105 [46 – 140] pontos) e maior incapacidade cervical (GCQ 13,32 ± 6,36 pontos; GSQ 8,15 ± 5,89 pontos) (p<0,05) quando comparados com o grupo com DTM sem queixas otológicas. Não houve diferenças estatisticamente significativas com relação aos limiares de dor à pressão, autorrelato de dor e postura da cabeça e pescoço entre os grupos. Conclusão: indivíduos com DTM com queixas otógicas apresentam menor controle neuromotor dos músculos flexores profundos cervicais, maior incapacidade cervical e mesmo níveis de dor e postura da cabeça e pescoço comparados a indivíduos com DTM sem queixas otológicas.