Usos da paisagem edênica no cinema brasileiro nos anos 1970: o caso de Como Era Gostoso Meu Francês

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Macêdo, Gabriela Cavalcanti
Orientador(a): Santiago Júnior, Francisco das Chagas Fernandes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27008
Resumo: A dissertação tem como objetivo analisar como a memória cultural da visão de paraíso e do indígena foram atualizadas na produção cinematográfica nacional durante a Ditadura Civil-Militar (1964-1985), notadamente, no filme Como era gostoso meu francês, de Nelson Pereira dos Santos. Parte-se do pressuposto que o Paraíso é uma concepção espacial historicamente construída e que compõe, junto ao seu principal habitante (o nativo americano) um recorte espacial de paisagem edênica. A hipótese é que o filme de Nelson Pereira dos Santos instituiu possibilidades de leituras alegóricas por meio do uso desta paisagem edênica. Relacionaremos os estudos visuais e análise histórica, nos interessando por identificar as matrizes visuais e discursivas espaciais com os quais o filme dialoga. Para isso, nos utilizaremos da metodologia narrativa-iconológica, fundamentada simultaneamente na narratologia de David Bordwell (2013) e iconologia de W.J.T. Mitchell (2000). Para o primeiro a narrativa é a maneira fundamental de se compreender o objeto filme e a iconologia crítica de Mitchell (2000) permite acesso aos elementos iconológicos e aos regimes de visibilidade constituídos historicamente. Dito isto, o presente trabalho analisará as representações da paisagem edênica legadas na memória cultural e visual, que estão presentes na composição da imagem e na organização formal do filme, estrutura e elementos estéticos de forma a compreender como o filme percebe e constrói uma determinada imagem de Brasil.