Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Júlia Firme |
Orientador(a): |
Lima, Lucymara Fassarella Agnez |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28015
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Resumo: |
O petróleo é uma das principais fontes de energia do mundo. No Brasil, a descoberta e a extração dos reservatórios de petróleo do pré-sal impulsionaram a produção do óleo. Entretanto, a atividade gera recorrentes contaminações ambientais, causando problemas de âmbito mundial. Os microrganismos demonstram capacidade de degradar o óleo, e por isso o metabolismo microbiano pode fornecer oportunidade para biorremediar ambientes contaminados e auxiliar no gerenciamento dos reservatórios, contribuindo para a manutenção da qualidade ou na recuperação do petróleo. A identificação da microbiota do reservatório contribui para compreensão do metabolismo de degradação do óleo. Vale salientar que ainda não há análises da microbiota do pré-sal, descritas na literatura, por abordagens dependentes ou independentes de cultivo. O objetivo deste trabalho foi obter e caracterizar isolados e consórcios microbianos (indefinidos e definido) capazes de degradar petróleo. A partir de uma amostra de óleo do pré-sal foram obtidos três consórcios indefinidos e 26 isolados bacterianos. Para avaliar as potencialidades dos consórcios e dos isolados foram realizados os seguintes ensaios: i) habilidade de degradação, ii) produção de biossurfactantes, a partir dos ensaios de dispersão do óleo e do índice de emulsificação (E24%) ; iii) hidrofobicidade celular; iv) produção de biofilme; v) atividade enzimática de hidrolases; vi) presença de ramnolipídeo e vii) curva de crescimento. Todos os isolados demonstraram capacidade de degradar petróleo e outros subprodutos pelo ensaio de DCPIP, 12 isolados utilizaram querosene e 2 degradaram xileno e tolueno. O ensaio de dispersão do óleo demonstrou que todos os isolados produzem biossurfactantes, enquanto 22 isolados emulsionaram querosene. A atividade lipase foi demonstrada por todos os isolados, entretanto, apenas 4 bactérias produziram esterase. Os isolados foram identificados como pertencentes aos gêneros Bacillus (n= 9), Ochrobactrum (n = 11), Acinetobacter (n=2), Dermacoccus (n=1) e Staphylococcus (n = 2). Um consórcio definido foi elaborado com onze isolados que apresentaram os melhores resultados nos testes funcionais. A estimativa da degradação indica que todos os consórcios degradaram 100% do petróleo, diesel, gasolina, óleo de soja, azeite de oliva e hexadecano, enquanto a degradação para querosene foi de 46 a 90%, xileno de 44 a 77% e tolueno 43 a 78%; e o índice de emulsificação dos consórcios foi ≥58%. A comparação dos resultados entre o consórcio definido e os indefinidos demonstra similaridades nas características funcionais (curva de crescimento, degradação de hidrocarbonetos e produção de biossurfactantes). Conclui-se assim que, os microrganismos obtidos do petróleo, ou pelo enriquecimento de tal, apresentam capacidade de degradar o petróleo a partir da produção de biofilme e modificação da hidrofobicidade celular, além disso o consórcio definido apresenta o mesmo potencial da microbiota nativa, sendo uma alternativa eficiente para aplicação em estratégias de biorremediação; enquanto os consórcios indefinidos podem fornecer dados para o gerenciamento de reservatórios. |