Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Souza, Karina Carvalho Veras de |
Orientador(a): |
Francischini, Rosângela |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23639
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Resumo: |
Esta pesquisa objetivou descrever e analisar as concepções de infância e criança no contexto da clínica psicológica infantil, para estagiárias de psicologia. Parte do pressuposto em Vygotski, segundo o qual a história do desenvolvimento infantil e o nascimento cultural da criança definem sua condição de ator social. Nessa perspectiva, tomamos o processo psicoterápico como dialógico, no qual a criança produz sentidos acerca do lugar em que foi posta pelo adulto. Na situação de supervisão clínica acadêmica, observamos reiterados argumentos dos estagiários relativos a não saber o que dizer à criança e/ou aos pais; sobretudo diante da divergência entre a queixa relatada pelo adulto e o que a própria criança apresentava. Para investigar o contexto das psicoterapias, realizamos a pesquisa de campo no Serviço de Psicologia de uma universidade. Os participantes foram quatro estagiárias de Psicologia que orientavam suas práticas segundo a concepção histórico cultural. Os instrumentos adotados na construção do corpus da pesquisa foram entrevistas semiestruturadas e registros de prontuários clínicos. A Análise de Discurso, fundamentada nas ideias do Círculo de Bakhtin, foi a ferramenta com a qual analisamos o discurso das estagiárias, resultando no eixo denominado Concepção de criança. Este se dividiu em outros três subeixos: 1. Ser que desperta medo; 2. Criança: mobilização peculiar e 3. Ser criança x Ser adulto. Concluímos que a concepção de criança na clínica permanece referenciada pelo discurso do adulto sobre ela. Nesse sentido, a linguagem da criança; sua compreensão da realidade, a forma de estabelecer relações, os modos de interação com o outro e modalidades de sofrimento psíquico foram tomados numa referência marcadamente inferior em relação ao que o adulto pode apresentar quanto aos mesmos aspectos. Desse modo, é preciso reconhecer que a criança tem uma vivência e que é esta que deve orientar, prioritariamente, os processos de intervenção na relação psicoterápica. |