Estratégia para a extração de astaxantina da farinha do resíduo de camarão (Litopenaeus vannamei) e avaliação da atividade antioxidante e antimicrobiana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Cleidijane Antero dos
Orientador(a): Assis, Cristiane Fernandes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/30031
Resumo: A astaxantina é o principal pigmento carotenoide encontrado nos resíduos do camarão, e apresenta inúmeras propriedades benéficas para a saúde humana. A extração da astaxantina pode ser feita utilizando diferentes solventes orgânicos, porém o uso desses está sendo substituído por opções mais sustentáveis como os “Deep Eutectic Solvents” (DES), por serem considerados uma alternativa eficiente na extração de compostos polares e apolares. O objetivo desse trabalho foi propor uma estratégia de aumento do rendimento da extração de astaxantina, a partir de farinha de camarão da espécie Litopenaeus vannamei, usando etanol como fase extratante e DES (glicerol-cloreto de colina) e cloreto de colina como adjuvantes com e sem o uso do ultrassom. A quantificação da astaxantina foi feita por espectrofotometro e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), a análise dos ácidos graxos por Cromatografia Gasosa acoplado a Espectrômetro de Massas (CG-MS). As propriedades bioativas dos extratos foram avaliadas através da atividade antioxidante (por 2,2'-azino-bis 3-etilbenzotiazolina-6-ácido sulfônico – ABTS, e sequestro do radical 1,1-diphenil-2-picrilhydrazil - DPPH) e antimicrobiana por modulação. Os resultados mostram que o ultrassom, o tempo de exposição e o uso do DES são os fatores que mais interferem na extração da astaxantina. Sob condições assistidas por ultrassom, a adição de 5% (m/v) de menores tempos de incubação quando comparados com extrações envolvendo apenas etanol (concentração máxima de 30,99 µg/g de farinha após 30 min). A análise do perfil de ácidos graxos mostrou uma maior quantidade de ácidos graxos monoinsaturados e poli-insaturados (35,23% e 33,79%, respectivamente). O Valor de IC 50 para o ABTS foi 1,18 mM e a inibição do radical DPPH foi 22,65%. A atividade antibacteriana mostrou efeito inibitório significativo na concentração mínima de 1024µg/mL, cujos valores foram estatisticamente semelhantes àqueles obtidos da astaxantina sintética. O processo de extração da astaxantina utilizando etanol com adição de 5% (m/v) de DES aliado ao ultrassom foi eficiente. Esses resultados agregam valor ao produto por ser extraído de um resíduo que possibilita a diminuição de impacto ambiental além da utilização de solventes verdes.