Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Jemima Tabita Ferreira de |
Orientador(a): |
Anjos, Marcos Alyssandro Soares dos |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32685
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Resumo: |
O concreto autoadensável (CAA) apresenta-se como um importante exemplo de nova tecnologia e alternativa ao uso do concreto convencional. Os parâmetros reológicos demonstrados por esse tipo de concreto, proporcionam alta fluidez e coesão que resultam na habilidade de preenchimento e resistência à segregação, além da otimização dos processos de concretagem e redução nos custos com mão de obra. Atualmente, em decorrência da falta de solo resistente para suportar cargas das edificações em aglomerações urbanas, estudos têm sido realizados em busca de possibilidades que resultem em um menor peso para a estrutura, assim como facilidade de transporte, execução e propriedades termoacústicas. O concreto leve autoadensável (CLAA) surge então, como uma possível alternativa por agrupar os benefícios do CAA e do concreto leve estrutural (CL). Na produção desses concretos, o agregado leve mais utilizado no mundo e no Brasil ainda é a argila expandida, tendo sua produção nacional concentrada na Região Sudeste. Nesse contexto, estudos realizados por Leal de Souza (2019) e Souza (2019), verificaram a viabilidade de se produzir agregados leves a partir da sinterização de resíduos industriais e matérias-primas regionais (Rio Grande do Norte/Brasil), como resíduo da biomassa da cana-de-açúcar (RBC), resíduo da produção de Scheelita (RPS) e argilas locais. Diante do exposto, o presente estudo elencou alguns dos agregados leves que foram desenvolvidos por Leal de Souza (2019) e Souza (2019), e analisou a influência desses na composição de concretos leves autoadensáveis, averiguando sua eficiência e comportamento em comparação com o CLAA produzido com o agregado leve comercial. Os concretos foram submetidos aos ensaios de caracterização no estado fresco, onde avaliou-se as propriedades de fluidez, viscosidade aparente, estabilidade visual e habilidade passante, através dos ensaios de slump flow, tempo de escoamento (t500), índice de estabilidade visual e anel-J, respectivamente, e medição da massa específica fresca. No estado endurecido foram realizados ensaios para determinação das propriedades mecânicas, com o ensaio de resistência à compressão aos 7 e 28 dias, com a aferição da massa específica seca para cada idade, e dos parâmetros de durabilidade através da difusão de íons cloreto. Os resultados obtidos evidenciaram a viabilidade da produção de concretos leves autoadensáveis com agregados leves não convencionais. Tanto no estado fresco quando no estado endurecido, todos os traços atenderam aos requisitos estabelecidos em norma, com massa específica final variando entre 1,94 a 2,03 g/cm³ e resistência à compressão aos 28 dias entre 36,72 a 26,11 MPa. Os traços com agregados leves de RBC apresentaram desempenho constante e semelhante ao desempenho do concreto com agregado leve comercial, demonstrando ser um material promissor para utilização em concretos leves autoadensáveis. Ainda, foi constatado que as propriedades físicas dos agregados leves influenciaram nos resultados obtidos no estado fresco e endurecido, tornando o agregado leve o principal responsável por limitar e influenciar nas propriedades dos concretos. |