Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Henrique, Fernanda Lamin |
Orientador(a): |
Venticinque, Eduardo Martins |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/30317
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Resumo: |
Os padrões ecossistêmicos da vegetação estão bem relacionados aos fatores climáticos em ambientes sazonais. A chuva é um recurso limitante em ambientes áridos, mas há evidências que na ausência de precipitação, aspectos geográficos como o terreno e o balanço hídrico, contribuam para a estabilização da produtividade primária. Utilizando dados geoprocessados de séries temporais, nós testamos a influência da altitude e do déficit hídrico, em três tipo de vegetação (formação florestal, formação campestre e formação savânica), na produtividade primária e na estabilidade desta função ecossistêmica no domínio da Caatinga. Nós esperamos que a altitude influencie positivamente tanto a produtividade primária, quanto a estabilidade, enquanto o déficit hídrico tenha um efeito negativo. Acreditamos que regiões florestais dependam mais do aumento da elevação, enquanto as fisionomias herbáceo-arbustivas sejam mais fortemente controladas pelo déficit hídrico. Nós classificamos a Caatinga em maior e menor produtividade e estabilidade, com base na divisão pela mediana, e, modelamos a estrutura temporal dessas mudanças sazonalmente, através de uma função de correlação cruzada. O déficit hídrico foi o principal preditor da produtividade e estabilidade, afetando as duas negativamente, enquanto a altitude teve um efeito positivo, não sendo significativo para o tipo florestal. A floresta é a vegetação que tem a estabilidade mais afetada pelo déficit hídrico, indicando que esse ecossistema pode sofrer mais com as projeções futuras de mudanças climáticas. A variação da produtividade da Caatinga ao longo dos meses flutua sazonalmente, sendo que grande parte está dentro de um ciclo sincrônico, sugerindo também que a dinâmica da vegetação é previsível mesmo com as irregularidades da chuva. Estes resultados contribuem para melhor compreendermos as variações espaço-temporais da produtividade da Caatinga, auxiliando tomadas de decisão de conservação e ações de mitigação frente às mudanças climáticas. |